Bia Kicis é repreendida por Aziz por fazer "live" durante sessão da CPI
A deputada federal Bia Kicis (PSL-SP), que participou hoje da CPI da Covid, no Senado, foi repreendida pelo presidente da comissão, senador Omar Aziz, por realizar transmissão ao vivo da sessão nas redes sociais. A parlamentar atendeu ao pedido do senador e encerrou a live que era realizada.
"Não é permitido fazer live aqui, deputada. É muito bem-vinda nesta CPI, mas gostaria de pedir para a senhora não fazer live", disse Aziz. "Não tinha conhecimento da vedação. Já está desligado", respondeu ela.
A transmissão ao vivo do depoimento do empresário Luciano Hang, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ocorreu no perfil da deputada no Instagram. São 6 minutos 35 segundos de vídeo. Ela narrava o cenário para os seus seguidores, enquanto os senadores tomavam o depoimento de Hang. No Facebook, a parlamentar manteve a transmissão, mas através de imagens da TV Senado.
Nos comentários da live, alguns internautas pontuaram. "Tá faltando trabalho no Congresso?", quis saber um deles. "Toma que é de graça [em relação ao puxão de orelha de Aziz]. Desliga o celular e vai trabalhar", disse outro. "A senhora foi advertida pela proibição de gravar. Por favor, respeite as determinações", ressaltou um terceiro.
Em depoimento tumultuado com brigas e críticas na CPI da Covid, o empresário Luciano Hang, dono da rede varejista Havan, disse não ser negacionista e recusou a tese, defendida pelos senadores da oposição, de que teria atuado no chamado gabinete paralelo —estrutura de aconselhamento informal do presidente Jair Bolsonaro, um dos objetos de investigação do colegiado, à revelia do Ministério da Saúde.
Embora tenha rechaçado acusações de integrar o gabinete paralelo e de financiar "esquema de fake news", ele se recusou a firmar o compromisso de não mentir à CPI —como ele consta na lista formal de investigados, tem direito a não aderir ao juramento. O depoente comentou, por outro lado, que estaria "com a verdade ao seu lado".
Ao longo da pandemia, Hang incentivou o chamado tratamento precoce da doença, mesmo sem eficácia comprovada, e fez coro aos ataques de Bolsonaro a prefeitos, governadores e ao STF (Supremo Tribunal Federal). Recentemente, o empresário foi citado no caso Prevent Senior. Foi num dos hospitais da rede que a mãe de Luciano, Regina Hang, de 82 anos, morreu, em fevereiro deste ano, e teve o atestado de óbito supostamente fraudado.
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