PTB nega estar dividido e se coloca 'de prontidão' para receber Bolsonaro
O PTB negou hoje, em nota, haver qualquer divisão na legenda, que permanece "mais unida do que nunca para superar um momento de tamanhos desafios", e disse estar de portas abertas para receber o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no quadro de filiados.
Como relatou a coluna do Chico Alves, do UOL, hoje mais cedo, há uma crise no PTB envolvendo a filiação — ou não — de Bolsonaro à sigla. Cristiane Brasil, filha do presidente da legenda, Roberto Jefferson, está prestes a ser expulsa do partido por causa disso.
Cristiane Brasil tem entrado em conflito com Graciela Nienov, que assumiu interinamente o comando da legenda, já que Roberto Jefferson está preso por ameaças direcionadas ao STF (Supremo Tribunal Federal) e aos ministros da Corte.
De acordo com a coluna, Nienov tem acusado Cristiane Brasil de se intrometer nas negociações envolvendo a filiação de Bolsonaro. Em meio à crise, também surgiu um áudio de Jefferson, direto do Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, elogiando a presidente interina.
Em nota emitida hoje, o PTB disse que "não se encontra dividido" e que Gabriela Nienov "não é a responsável pelo processo disciplinar contra Cristiane Brasil".
"O afastamento foi instaurado por meio processo disciplinar baseado no Conselho de Ética e Conduta Estatutária, um processo formal que visa garantir a integridade das decisões", afirmou a legenda.
A sigla ainda diz que Nienov é o "braço direito de Roberto Jefferson" e que, atualmente, a prioridade da presidente interina é "manter a plena administração da agremiação e não se envolver em polêmicas".
Finalizando o comunicado, o PTB destacou também que está "de prontidão para receber o presidente Jair Messias Bolsonaro e seus indicados, pois, nos tempos atuais, a agremiação firma-se como o maior e principal partido conservador do Brasil e da América Latina".
Atualmente, Bolsonaro é cortejado pelo PTB e pelo PP, partido do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL).
O plano inicial de Bolsonaro após a saída conturbada do PSL, porém, era outro: fundar o Aliança pelo Brasil. A legenda, porém, segundo o próprio presidente, tem chance "zero" de sair do papel.
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