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Senador Aziz ironiza médicos pró-cloroquina: 'Nenhum foi citado no Nobel'

Do UOL, em São Paulo

05/10/2021 14h30Atualizada em 05/10/2021 14h58

O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid, ironizou hoje os médicos brasileiros que defendem a cloroquina, medicamento ineficaz contra a covid-19. Segundo o senador, a ausência deles no Prêmio Nobel de Medicina 2021, indica que "não há solução mágica" que proteja contra o vírus.

Pensei que o pessoal que prescreveu cloroquina, que induziu o povo a tomar cloroquina... Nenhum deles foi citado sequer [no Prêmio Nobel de Medicina]. Pensei que alguém ia, porque uma pessoa que descobre essa fórmula mágica de salvar pessoas em plena pandemia, com certeza não ganharia só o Prêmio Nobel de Medicina, iria ganhar muito mais coisa.
Senador Omar Aziz durante sessão da CPI da Covid

Segundo Aziz, a ausência dos médicos defensores da cloroquina no Nobel, em plena pandemia, comprova que "não há nenhuma solução mágica para imunizar a não ser a vacina". O senador voltou a citar a vacina como "grande salvação da população mundial".

Em junho, a CPI da Covid ouviu médicos pró-kit covid, mas a sessão ficou marcado por bate-boca entre os senadores e a ausência do relator Renan Calheiros (MDB-AL), que se recusou a questionar os médicos Ricardo Ariel Zimerman e Francisco Eduardo Cardoso Alves.

A decisão de Renan foi influenciada após o que ele classificou como "escárnio" do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No dia anterior à CPI, Bolsonaro voltou a defender a imunidade de rebanho e disse que teria imunidade natural após contrair o vírus no ano passado.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.