Aloysio: Problemas em prévias refletem falta de centro de comando do PSDB
O ex-ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes (PSDB) disse, em entrevista ao UOL News hoje (23), que os problemas durante a votação das prévias tucanas ocorrem por uma falta de comando no partido.
"Falta de centro de comando no partido, projeto político, aglutinador", disse o tucano.
O PSDB decidiu pausar no domingo (21) o processo de votação de prévias para escolha do candidato à Presidência em 2022 após falhas no aplicativo de votação usado pelos filiados. Diante da indefinição sobre a retomada do processo, os postulantes apresentaram propostas diferentes, e o partido ainda não chegou a um acordo sobre como prosseguir.
O ex-ministro classificou o imbróglio como um "vexame": "Foi um vexame, o aplicativo não deu conta. O processo de votação era de uma complexidade impensável. [?] Nem para entrar no Banco Central americano é exigente assim."
O PSDB divulgou uma nota afirmando que a votação para escolha do candidato da sigla vai continuar até domingo. O partido afirma que aguarda manifestação da Faugs (Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul), empresa contratada para a implementação do aplicativo de votação. Se até hoje a empresa não oferecer uma solução definitiva para o problema que levou a eleição ser suspensa, a sigla adotará outra tecnologia para concluir o processo de prévias.
Bolsonarismo
Durante a entrevista, o Aloysio Nunes também admitiu que o partido se aproximou do governo Bolsonaro: "Nos aproximamos de uma direita extremada, que absorveu nosso eleitorado de direita moderada."
No domingo (21), a deputada federal Mara Rocha (PSDB-AC) protagonizou uma confusão durante as prévias do PSDB. Quando estava na fila de votação, a parlamentar brigou com o presidente do PSDB do Acre, Manoel Pedro de Souza Gomes. Ela anunciou que sairá da legenda e apoiará a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
"Não admito que um presidente (do PSDB do Acre), que estava pedindo voto para outro candidato, um falso tucano, venha dizer que sou bolsonarista para me intimidar. Sou Bolsonaro mesmo, vou para o PL", disse.
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