Bolsonaro terá que comprovar estar sem covid para posse de Mendonça no STF
Se quiser participar da posse de seu segundo indicado para o STF (Supremo Tribunal Federal), André Mendonça, o presidente Jair Bolsonaro (PL) terá que comprovar estar livre da covid-19. Sem isso, não poderá comparecer à cerimônia, marcada para o próximo dia 16, uma quinta-feira, penúltimo dia de trabalho no tribunal neste ano.
Segundo uma resolução do final de outubro, que regula a volta das atividades presenciais do Supremo, ninguém pode entrar no prédio sem apresentar comprovante de vacinação ou um teste negativo para a doença, feito nas 72 horas anteriores à entrada, caso não tenha tomado o imunizante.
Bolsonaro, que nega ter se vacinado, está com o cartão de imunização sob sigilo de cem anos. Se não estiver disposto a abrir mão do segredo, terá que fazer um teste rápido ou PCR nos três dias anteriores à posse de Mendonça. A regra do STF, prevista no art. 4º da resolução 748/21, não prevê exceções:
"Para a promoção de um ambiente seguro nas dependências do STF, todos os frequentadores, tanto do público interno quanto do público externo, deverão observar as seguintes exigências", estabelece a norma, que também obriga os visitantes a usarem máscara e permitirem medição da temperatura corporal.
O advogado Frederick Wassef, que representa o presidente, foi barrado no Supremo no último dia 30 por não comprovar vacinação. Foi impedido, assim, de acompanhar o julgamento do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que viu a Segunda Turma do tribunal invalidar as provas contra ele no caso das rachadinhas e manter o foro privilegiado do parlamentar.
O UOL consultou o Planalto sobre qual procedimento deverá ser adotado por Bolsonaro para a posse de Mendonça, mas não teve resposta até a publicação deste texto.
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