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Rede reforça pedido ao STF para que Bolsonaro garanta segurança da imprensa

Equipe da TV Bahia é agredida por seguranças e apoiadores de Bolsonaro - Reprodução/TV Globo
Equipe da TV Bahia é agredida por seguranças e apoiadores de Bolsonaro Imagem: Reprodução/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

13/12/2021 16h17

O partido Rede Sustentabilidade enviou nova petição ao STF (Supremo Tribunal Federal) na qual reforça a necessidade de a presidência da República garantir o trabalho da imprensa e a integridade dos profissionais que cobrem atos do presidente Jair Bolsonaro (PL). O pedido foi protocolado um dia após repórteres da TV Bahia, afiliada da Rede Globo, relatarem agressão da equipe de Bolsonaro.

Segundo informações da GloboNews, os seguranças de Bolsonaro agiram para impedir que jornalistas se aproximassem para entrevistar o presidente. Um deles foi filmado ameaçando "enfiar a mão na cara" da equipe da imprensa quando um microfone esbarrou em suas costas, alegando que estariam "batendo" nele com o instrumento.

O partido informou o caso novo, e ressaltou a urgência da liminar anteriormente pleiteada, visto que "os profissionais de imprensa no Brasil seguem sendo aviltados pelo Presidente da República quase todos os dias". O texto também voltou a pedir que o presidente seja impedido de realizar ou de incentivar ataques verbais ou físicos aos seus profissionais, sob pena de responsabilização
pessoal e pagamento de multa pessoal de R$ 100 mil por ocorrência.

"Não se pode tolerar um dia mais em que o próprio Chefe de Estado e de Governo - que deveria atuar para preservar a devida atuação da imprensa e zelar pela garantia dos direitos fundamentais do povo brasileiro gravados em nossa Carta Magna - incentive e permita, por meio de seus seguranças e apoiadores, agressões físicas a profissionais da imprensa", diz o texto.

Na petição, o partido argumenta que o presidente também causa constrangimento e difama jornalistas e repórteres sob a "pretensa alegação de liberdade de expressão". Para a Rede, as atitudes de Bolsonaro são "atos de verdadeira censura, praticada mediante repressão e opressão, com o evidente intuito de calar a publicidade e as críticas".

"Se essas medidas não forem determinadas de imediato, caminharemos para uma situação tão absurda e bárbara, a ponto de temermos que, a qualquer momento, um jornalista ou profissional da imprensa seja gravemente ferido ou perca sua vida, em manifestações de apoio ao Presidente da República ou durante a cobertura de suas atividades", diz o partido.

O documento foi juntado à ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) 897, peticionada logo após as agressões a jornalistas que acompanhavam a comitiva presidencial em Roma. À época, o ministro Dias Toffoli deu um prazo de 10 dias para que o governo federal explicasse o caso e a Secretaria-Geral da Presidência da República negou que a equipe de Bolsonaro tenha agredido os profissionais do UOL, da Folha de S.Paulo e da GloboNews.