Governo diz ao STF que equipe de Bolsonaro não agrediu jornalistas em Roma
A Secretaria-Geral da Presidência da República negou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que a equipe do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tenha agredido jornalistas em Roma, na Itália, no começo deste mês. O documento faz parte de uma ação do partido Rede Sustentabilidade, que pede que o governo garanta o trabalho da imprensa e a integridade dos profissionais que acompanham o Planalto. Jornalistas do UOL, da Folha de S.Paulo e da GloboNews foram agredidos do lado de fora da embaixada brasileira em Roma, enquanto cobriam a visita de Bolsonaro à capital italiana para a cúpula do G20. O presidente também agrediu verbalmente um repórter, dizendo que ele não tinha "vergonha na cara".
Na peça, assinada no último dia 11 e divulgada hoje, o governo diz que a acusação é uma "narrativa" que "não se coaduna com a realidade".
"O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), apenas agiu de forma a garantir a segurança pessoal do Presidente da República, num perímetro limitado e mais próximo, restando à segurança pública do país de destino a responsabilidade das autoridades estrangeiras", diz o texto. "Não houve nenhum ato realizado, seja pelo Presidente da República, seja pela segurança do GSI que se possa considerar como agressão, sendo a um só tempo desnecessário e inoportuno o atendimento do pleito".
O colunista do UOL, Jamil Chade, que cobria o evento, relatou que um segurança o empurrou, arrancou seu celular e o jogou na rua. Ele e a repórter da Folha, Ana Estela Pinto, registraram queixa das agressões na polícia.
O presidente já havia negado as agressões em entrevista à Jovem Pan, e classificou o episódio como "atrito". Depois fiquei sabendo de um atrito que houve, não agressão, não houve soco, pancada, nada, foi com os carabineiros italianos, que eles, juntamente com o GSI [Gabinete de Segurança Institucional], que faz a minha segurança em qualquer lugar do mundo, tiveram um entrevero com o pessoal da Folha, UOL e Globo".
"Porque eles começaram a me agredir, mesmo lá de trás, falando coisas absurdas. E quando um tentou se aproximar de mim foi barrado pelos carabineiros, pela polícia italiana. Nada mais além disso. Não vi acontecer nada a não ser uma gritaria lá. Agora querer me responsabilizar por causa disso é uma falta de responsabilidade por parte desses três órgãos de imprensa", continuou.
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