STF espera receber teste de covid de Bolsonaro antes da posse de Mendonça
O STF (Supremo Tribunal Federal) espera receber até a próxima quinta-feira, às 16h, um teste negativo para covid-19 do presidente Jair Bolsonaro (PL). Sem o documento ou um comprovante de vacinação, o mandatário não poderá acompanhar presencialmente a posse do novo ministro André Mendonça na Corte.
Como Bolsonaro diz não ter se imunizado e tem a carteira de vacinação sob sigilo, o tribunal espera que o Planalto envie por e-mail um teste negativo a partir das 16h de hoje. Caso contrário, existe a possibilidade de que o presidente seja testado logo antes de entrar no prédio, embora o STF não tenha planos de fazer o exame.
O UOL perguntou ao Planalto se enviará ao STF um teste negativo de Bolsonaro no prazo estipulado, mas não teve resposta até a publicação deste texto.
Segundo o STF, a cerimônia terá cerca de 60 pessoas. Foram chamados os ministros do Supremo, tanto atuais quanto aposentados, e autoridades como Bolsonaro e os presidentes da Câmara, do Senado e de tribunais superiores, além de convidados pessoais de Mendonça. A previsão é que o evento dure cerca de 15 minutos.
O advogado Frederick Wassef, que representa Bolsonaro, foi barrado no Supremo no último dia 30 por não comprovar vacinação. Dessa maneira, foi impedido de acompanhar o julgamento do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que viu a Segunda Turma do tribunal invalidar as provas contra ele no caso das rachadinhas e manter o foro privilegiado do parlamentar.
Em outubro, o próprio Bolsonaro disse ter sido impedido de assistir a um jogo no Estádio Vila Belmiro, em Santos, por não ter comprovado vacinação. Já em novembro, no dia 24, o presidente precisou driblar a vigilância da Câmara dos Deputados para receber de deputados a Medalha Mérito Legislativo.
Em geral, a entrada de autoridades ocorre pela chapelaria da Casa, com direito a cerimonial e tapete vermelho. Além disso, há um elevador que permite acesso direto ao plenário da Câmara. Bolsonaro, porém, atravessou a rua que separa o Palácio do Planalto do Parlamento e entrou por uma portaria do Senado onde não havia a exigência.
À época, auxiliares do Planalto negaram que havia relação entre os fatos e alegaram que a entrada pelo Senado, e não pela Câmara, local da cerimônia, foi um evento aleatório.
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