Bolsonaro chama Fachin de 'leninista' por voto contra marco temporal
O presidente Jair Bolsonaro (PL) acusou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin de ser "trotskista e leninista" devido a voto contra o marco temporal, durante discurso em evento promovido pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
O Fachin votou pelo novo marco temporal, não é novidade. Trotskista, leninista. Kassio empatou. Vista está com o nosso Alexandre de Moraes. Não sei qual vai ser o voto dele, ou quando vai ser. Se perdermos, eu vou ter que tomar uma decisão porque eu entendo que esse novo marco temporal, simplesmente, enterra o Brasil — disse Bolsonaro, em seu discurso. Discurso do presidente Jair Bolsonaro
Em setembro, o plenário do STF retomou o julgamento do marco temporal das terras indígenas, que é apreciado pela Corte desde o final de agosto. Fachin foi o primeiro dos ministros a ler o seu voto.
O julgamento discute a tese do marco temporal, que propõe que indígenas só possam reivindicar demarcações das terras que estavam ocupando, comprovadamente, à época da promulgação da Constituição de 1988. O caso está sendo apreciado pelo STF desde o último dia 26, quando 6.000 indígenas estiveram acampados em Brasília para pressionar os ministros a rejeitarem a tese do marco temporal.
O trotskismo citado por Bolsonaro é um termo comumente empregado para designar as teses e reflexões teóricas sobre a práxis e a teoria revolucionária comunista elaborada por Leon Trotsky. Intelectual marxista e líder revolucionário bolchevique, Trotsky nasceu em 1879, na Ucrânia, e morreu em 1940, no México.
Já o termo leninista é relativo ao revolucionário russo Vladimir Lenin, um dos grandes líderes da Revolução Russa e da construção do governo soviético no início do século XX.
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