Oposição critica recusa do governo federal à ajuda oferecida pela Argentina
Políticos da oposição reagiram à decisão do MRE (Ministério das Relações Exteriores) de negar a ajuda humanitária oferecida pela Argentina aos municípios afetados pelas fortes chuvas na Bahia.
O país vizinho ofereceu o envio de profissionais de saneamento, logística e apoio psicossocial para as vítimas do desastre. Para justificar a recusa, o governo federal afirmou que os recursos financeiros oferecidos pela União "são suficientes" para enfrentar a situação de emergência que já desabrigou mais de 37 mil pessoas.
Pelo Twitter, o pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) criticou a recusa feita pelo governo federal e afirmou que a negativa ocorreu apenas "por capricho, disputa ideológica e por gostar de flertar com a morte de inocentes".
"Achando-se acima do bem e do mal, dono do destino do Brasil e dos brasileiros, o presidente criminoso acaba de recusar ajuda humanitária da Argentina para os flagelados baianos, assim como fizera com a Venezuela, no ápice da falta de oxigênio em Manaus", escreveu.
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), tem enfatizado que os recursos disponibilizados pela União são "irrisórios". "Mesmo que não venham recursos federais, o governo da Bahia reconstruirá todas as casas e as cidades que foram destruídas. Vamos estabelecendo prioridades e, ao longo de 2022, em parceria com os municípios, nós vamos garantir uma moradia digna às pessoas."
O deputado federal e ex-ministro da Saúde dos governos petistas Alexandre Padilha também atacou o presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que "mais vidas estão sendo perdidas" pela decisão do governo federal em dificultar "qualquer auxílio para a região".
"Bolsonaro não tem tempo para visitar o sul da Bahia porque está de férias, pescando e andando de jet sky, mas tem tempo o suficiente para impedir, com uma canetada, a ajuda humanitária vinda da Argentina", disse Padilha.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que atuou como vice-presidente da CPI da Covid, disse que tentará convocar o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, ao Senado para que dê explicações sobre a recusa do Brasil com relação à ajuda humanitária oferecida pela Argentina.
"Não basta o 'presidente' estar curtindo férias enquanto nossos compatriotas lutam pela vida na Bahia, ele também atrapalha quem quer ajudar. O pior presidente da história é esse, que atua contra o povo de maneira deliberada", escreveu nas redes.
O parlamentar também disse que representará contra Bolsonaro no TCU (Tribunal de Contas da União) para que o presidente "devolva ao erário o dinheiro que está utilizando em suas férias e que esse dinheiro seja destinado às vítimas na Bahia".
A reportagem do UOL procurou o MRE e a Presidência da República sobre as críticas, mas ainda não obteve resposta.
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