Após deixar PL com chegada de Bolsonaro, Ramos vai se reunir com PSD

Após deixar o PL devido à filiação do presidente Jair Bolsonaro no ano passado, o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos, se reunirá amanhã com o PSD para acertar as tratativas de sua provável ida para o partido presidido por Gilberto Kassab.

Em contato com o UOL, Ramos admitiu que o motivo de sua desfiliação do PL foi a chegada de Bolsonaro, de quem ele é opositor declarado. "Não posso participar de um projeto que fez tão mal ao Brasil", declarou, referindo-se à campanha pela reeleição do atual chefe do Executivo Federal.

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A ida de Marcelo Ramos para o PSD ainda incerta e ele também já indicou que pode ir para o PDT e o Solidariedade. Questionado se pretender disputar algum outro cargo nas eleições deste ano, o parlamentar afirmou que tentará a reeleição como deputado federal pelo Amazonas.

TSE autorizou saída de Marcelo Ramos do PL

Marcelo Ramos oficializou sua saída do PL em janeiro, após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) autorizar sua desfiliação da legenda em dezembro do ano passado, sem que sofra qualquer tipo de prejuízo ao seu mandato.

Na ocasião, o deputado fez críticas a Jair Bolsonaro, e ressaltou a "incompatibilidade" em está no mesmo partido que o ex-capitão, "não por nenhuma antipatia de cunho pessoal, mas porque considero que ele não é o melhor para o futuro do país".

Família Bolsonaro vai para o PL

O presidente Jair Bolsonaro oficializou sua filiação ao PL em novembro de 2021 e retomou o "casamento com o centrão", depois de fazer duras críticas aos parlamentares que compõem esse grupo político.

"Confesso, prezado Valdemar [da Costa Neto, presidente do PL], a decisão não foi fácil. Até mesmo o Marcos Pereira [presidente nacional do Republicanos], conversei muito com ele, bem como outros parlamentares também. E uma filiação é como um casamento. Agora, não seremos marido e mulher: seremos uma família", disse o mandatário na ocasião.

Também em 2021, o senador Flávio Bolsonaro deixou o Patriota e migrou para o Partido Liberal. Ontem, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, atualmente no PSL de São Paulo, também anunciou que irá para o partido em março.

Além dos filhos de Jair Bolsonaro, outras pessoas próximas ao presidente vão para o Partido Liberal de olhos nas eleições de 2022. É o caso do secretário especial de Cultura, Mario Frias, que se filiará para tentar uma vaga na Câmara. Já o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, disputará o governo de São Paulo pela legenda.