'Imagens quase de guerra', diz Bolsonaro após sobrevoar Petrópolis
O presidente Jair Bolsonaro (PL) sobrevoou na manhã de hoje (18) a cidade de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, após o município ser atingido por um forte temporal na última terça-feira (15). As chuvas deixaram, até o momento, mais de 120 mortos.
"Imagens quase de guerra. Lamentável. Tivemos perfeita noção da gravidade do que aconteceu", disse o presidente após o sobrevoo.
Ele não citou valores que serão encaminhados à região. "Medidas preventivas estão previstas no orçamento. Ele é limitado. Muitas vezes não temos como nos precaver de tudo que possa acontecer nesses 8,5 milhões de quilômetros quadrados", disse, referindo-se à área territorial do Brasil.
"A população logicamente tem razão em criticar, mas aqui, uma região bastante acidentada, infelizmente tivemos outras tragédias aqui —a gente pede a Deus que não ocorram mais—, vamos fazer a nossa parte.", afirmou o presidente à imprensa.
Junto a Bolsonaro estavam os ministros Braga Netto (Defesa), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), João Roma (Cidadania) e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. Em uma transmissão feita pelas redes sociais de Bolsonaro, todos aparecem ao lado do governador do Rio, Cláudio Castro (PL).
Segundo o presidente, ao "ficar sabendo do ocorrido", na terça-feira (15), quando ainda estava em solo russo, entrou em contato com ministros para que a União desse "suporte necessário à população".
"Liguei para o ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, que já havia determinado um recurso extra no orçamento. Entrei em contato com o ministro Paulo Guedes, da Economia, para que também agilizasse a liberação desses recursos", afirmou o presidente ao lado do governador do Rio.
A Polícia Civil considera 218 pessoas como desaparecidas, mas o número é incerto tento em vista que metade dos corpos localizados ainda não foi identificada.
O sobrevoo na região foi anunciado durante viagem do presidente ao Leste Europeu na qual Bolsonaro se encontrou com o presidente russo, Vladimir Putin, e o premiê da Hungria, Viktor Orbán.
A previsão era que Bolsonaro retornasse diretamente a Brasília, mas o trajeto foi alterado para que ele desembarcasse hoje no Rio de Janeiro. "O governo federal está mobilizado com atenção para essa região", disse o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do mandatário, em um vídeo divulgado na quarta-feira (16).
Também durante a coletiva concedida em Petrópolis, o ministro da Defesa, Braga Netto, disse que as Forças Armadas deslocaram equipes dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo para ajudar no local.
"A Marinha já montou um hospital de campanha e a Força Aérea já está fazendo um controle de tráfego aéreo por conta da quantidade de helicópteros. E já temos mais de 800 homens no local com material, viaturas, engenharia", disse.
O ministro também informou que o Ministério da Defesa já providencia a ida de "mais técnicos de engenharia" para fazer análises de solo e apoiar a defesa civil nos trabalhos de resgate e contenção de novos danos.
O governo federal autorizou ontem o repasse de R$ 2,3 milhões a Petrópolis. A prefeitura decretou estado de calamidade pública.
O ministro Rogério Marinho também disse que o governo elabora duas medidas provisórias para destinar recursos para a reconstrução do município. Segundo ele, serão destinados mais de R$ 1 bilhão pela União.
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