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Bolsonaro: Retorno que policiais dão compensa gastos com salários

Ontem, Bolsonaro já havia acenado a agentes da PRF com a possibilidade de reajuste salarial - Adriano Machado/Reuters
Ontem, Bolsonaro já havia acenado a agentes da PRF com a possibilidade de reajuste salarial Imagem: Adriano Machado/Reuters

Colaboração para o UOL *

22/02/2022 12h22Atualizada em 22/02/2022 12h24

O presidente Jair Bolsonaro (PL) reforçou hoje o aceno aos policiais federais em meio à negociação por um reajuste salarial neste ano.

A apoiadores, o presidente afirmou que o retorno dos policiais à sociedade, com operações como as que envolvem apreensão de drogas, compensa o gasto com o salário desses servidores.

"Há interesse de a gente colocar vocês lá. O retorno que vocês dão para nós, apreendendo drogas, compensa o gasto com salários", disse o presidente a um apoiador que se identificou como concursado da Polícia Federal à espera de nomeação.

Ontem, Bolsonaro já havia acenado com um reajuste para os agentes PRF (Polícia Rodoviária Federal) e pediu "compreensão" de outras categorias. "Temos que valorizá-los. Eu espero que a sociedade entenda que isso deve ser feito", afirmou, durante evento em Brasília.

Ao sancionar o Orçamento para 2022, no fim de janeiro, Bolsonaro manteve a previsão de R$ 1,7 bilhão para reajuste a servidores públicos federais.

Anteriormente, Bolsonaro havia prometido aumento apenas para servidores ligados à segurança pública, mas, pressionado por demais servidores por meio de protestos e ameaças de greves, recuou — a sanção do Orçamento não definiu para quais categorias irá o R$ 1,7 bilhão.

Em fevereiro, Bolsonaro disse à TV Brasil que, se não houvesse um entendimento de demais servidores de que o reajuste deve beneficiar apenas policiais, a medida poderá ficar só para 2023.

No mesmo mês, em entrevista à Rádio Jovem Pan, Bolsonaro disse que o limite para decidir sobre o reajuste para servidores em 2022 é até maio. "Por que não podemos ajudar uma categoria? Por que todos têm que ser prejudicados?", questionou.

* Com informações de Daniel Weterman, da Estadão Conteúdo, em Brasília

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.