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Governo reserva R$ 1,7 milhão para comprar lanches, sucos e talheres

O presidente Jair Bolsonaro - REUTERS/ADRIANO MACHADO
O presidente Jair Bolsonaro Imagem: REUTERS/ADRIANO MACHADO

Weudson Ribeiro

Colaboração para o UOL, em Brasília

06/05/2022 20h23

O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) publicou hoje edital para a compra de alimentos, bebidas e utensílios de cozinha para abastecer aeronaves da Presidência da República. O preço total da contratação é estimado em R$ 1.692.638,05.

Desse montante, R$ 395,9 mil devem ser destinados ao pagamento de serviços e R$ 1,3 milhão à aquisição de materiais, como louças, talheres, copos, bandejas e trolleys —carrinhos que comissários de bordo usam para servir comida durante os voos.

Para a compra de 1.500 latinhas de Coca-Coca Zero, ou refrigerantes "de melhor qualidade", o valor estimado é de R$ 7,6 mil. A versão de 2 litros do produto custará aos cofres públicos R$ 10,4 mil, além R$ 49,5 mil para a compra de copos de acrílicos transparentes —o preço unitário desse produto é de R$ 99 centavos.

A contratação ocorrerá para a prestação dos serviços de comissaria de bordo no Aeroporto Internacional de Brasília. Com lanches, a União deverá gastar R$ 13 mil só para abastecer aviões usados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), e mais R$ 21 mil para aeronaves de comitivas que acompanham o mandatário em missões presidenciais. O valor total destinado a essa demanda é de R$ 75,9 mil.

Para 500 pacotes de papel higiênico com folha dupla, o valor destinado à compra é de R$ 2 mil. E com 3.800 unidades de caixas de sucos de frutas variadas da marca Del Valle, "similar ou de melhor qualidade", o governo projeta o gasto de R$ 42,9 mil.

Governo diz que compras são 'necessárias'

O UOL tenta contato com a Presidência da República e o GSI. Em caso de manifestação esta reportagem será atualizada.

Segundo estudo técnico preliminar, o governo federal afirma que as contratações são necessárias por causa da "dinamicidade das viagens oficiais com a utilização de diversos meios de transporte, inclusive o aéreo", e devido "ao tempo de envolvimento das equipes nas missões e carência de empresas que atendam aos itens de segurança, qualidade e padronização exigidos" pelos órgãos de vigilância sanitária.

"Ressalta-se que os deslocamentos oficiais podem ocorrer em qualquer dia da semana, em horários diurnos e noturnos, compreendendo inclusive solicitações de urgência para atividades previamente agendadas ou inopinadas, em face das competências atribuídas à autoridade apoiada, e que os serviços de comissaria de bordo serão contratados por demanda, conforme necessidade das viagens acionadas", afirma o governo federal.