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Senador petista pede informações sobre morte por asfixia em ação da PRF

O senador Humberto Costa (PT-PE) - Pedro França/Agência Senado
O senador Humberto Costa (PT-PE) Imagem: Pedro França/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

26/05/2022 16h11

O presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, senador Humberto Costa (PT-PE) pediu informações sobre morte por asfixia de Genivaldo de Jesus Santos após uma abordagem da PRF (Polícia Rodoviária Federal) no município de Umbaúba, litoral sul de Sergipe. O homem negro, de 38 anos, foi abordado ontem em uma blitz na rodovia BR-101, enquanto pilotava uma motocicleta.

Humberto Costa se referiu ao caso como "espantoso". O parlamentar acionou a Polícia Civil de Sergipe, a PF (Polícia Federal) e a Procuradoria da República daquele estado, bem como a própria PRF, para pedir informações sobre a investigação do caso.

Hoje, a PRF divulgou uma nota na qual diz que "técnicas de menor agressividade" teriam sido aplicadas para dominar o homem, destoando do conteúdo gravado por testemunhas durante o incidente. A corporação ainda citou que ele "passou mal" ao ser levado da estrada em que foi abordado.

Homem em câmara de gás da PRF em Sergipe - Reprodução - Reprodução
Vídeos da abordagem e detalhes do boletim de ocorrência mostram que os policiais usaram o que pareciam ser bombas de gás lacrimogêneo para conter Genivaldo
Imagem: Reprodução

Segundo o laudo do IML (Instituto Médico Legal) afirma que a causa da morte de Genivaldo foi "insuficiência [respiratória] aguda secundária a asfixia". Vídeos do momento mostram que os policiais usaram o que parece ser bombas de gás lacrimogêneo para conter o homem.

Imagens de testemunhas presentes no local da ação mostram três agentes da PRF tentando imobilizar o homem após identificarem uma cartela de remédios com ele. É possível perceber que Genivaldo não resistiu após ser submetido a uma ação truculenta dos policiais.

Sobrinho da vítima, Wallison de Jesus disse que estava perto do tio no momento em que ele foi abordado pelos policiais. No vídeo, é possível ver o momento em que Genivaldo ergue os braços, demonstrando colaborar, e também dá para ouvir os policiais gritando com ele. Depois, o homem é visto no porta-malas, com fumaça escapando da viatura.