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Tabata erra orientação de voto, envia correção, mas é criticada no Twitter

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), durante sessão na Câmara - Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), durante sessão na Câmara Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

02/06/2022 16h17Atualizada em 02/06/2022 16h29

O nome da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) voltou a ser um dos mais comentados no Twitter após uma polêmica na votação do PL 4188, que permite que bancos e instituições financeiras possam penhorar imóveis únicos de famílias para quitar dívidas. A deputada votou contra o projeto, mas errou no voto de um destaque, o que fez algumas pessoas entenderem que a parlamentar havia dado um "sim" ao texto principal.

Nas redes sociais, a deputada respondeu às críticas e explicou que votou contra o mérito do projeto "por entender ser absurda a possibilidade de penhora de um bem que é também a única residência de uma família". Segundo Tabata, o erro de orientação diz respeito ao destaque do PSOL - para o qual ela garante já ter enviado um ofício com pedido de correção -, mas que votou pela retirada do artigo 14 em outros destaques semelhantes, além de ter votado a favor "de todos os requerimentos de obstrução".

"Em cada sessão, fazemos dezenas de votações sobre supressão e manutenção de trechos dos PLs. Eu errei nessa ocasião, mas foi um erro de execução, não de valores. Por isso faço questão de esclarecer publicamente minha posição sobre o projeto", disse a deputada no Twitter.

Atualmente, o imóvel de uma família é, em geral, impenhorável. De acordo com a legislação, esse bem só poderá ser usado como garantia do financiamento do próprio imóvel, e leiloado em caso de inadimplência. Outros casos de penhora, porém, dependem do valor e de decisão judicial.

Pelo projeto, isso mudaria e um bem deste tipo poderia ser dado como garantia para outros empréstimos - inclusive não habitacionais. O que levaria à possibilidade de venda para pagamento da dívida.

Segundo o PL, a gestão de garantias deverá ser regulamentada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), e poderá ser prestada por instituições autorizadas pelo Banco Central. Aprovado na Câmara dos Deputados, o texto que cria o marco legal das garantias de empréstimos segue para apreciação no Senado.

* Com informações de Agência Câmara