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Alvo do inquérito das Fake News, PCO chama Moraes de 'ditador'

Alexandre de Moraes, ministro do STF e eleito presidente do TSE - Divulgação/STF
Alexandre de Moraes, ministro do STF e eleito presidente do TSE Imagem: Divulgação/STF

Do UOL, em São Paulo

15/06/2022 16h32Atualizada em 15/06/2022 16h52

O PCO (Partido da Causa Operária), sigla de extrema-esquerda, chamou o novo presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, de "ditador" em uma publicação no Twitter. Moraes foi eleito ontem para assumir a Corte e será o responsável pelo TSE a partir de agosto.

Ontem Alexandre de Moraes, foi 'eleito' para a presidência do TSE. O ditador, que declarou que vai cassar o registro da candidatura de quem divulgar 'notícias falsas', será a pessoa com maior poder de intervir no processo eleitoral de 2022, uma nova fraude se prepara. PCO em declaração, sem apresentar provas, no Twitter

No início deste mês, Moraes incluiu a sigla de extrema-esquerda no inquérito das fake news e exigiu que o presidente do partido, Rui Costa Pimenta, prestasse depoimento sobre ataques do PCO ao tribunal.

As publicações do partido feitas pelas redes sociais chamavam o ministro de "skinhead de toga", acusavam o tribunal de "fraudar as eleições" e defendiam a dissolução do STF.

No despacho, Moraes determinou ainda o bloqueio dos perfis do PCO no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube, Telegram e TikTok. O ministro também mandou que o corregedor-geral eleitoral, ministro Mauro Campbell, seja oficiado para apurar possível violação à resolução que veda o compartilhamento de fatos inverídicos contra o processo eleitoral.

"O que se verifica é a existência de fortes indícios de que a infraestrutura partidária do PCO, partido político que recebe dinheiro público, tem sido indevida e reiteradamente utilizada com o objetivo de viabilizar e impulsionar a propagação das declarações criminosas, por meio dos perfis oficiais do próprio partido, divulgados em seu site na internet", disse Moraes na decisão.

Segundo o ministro, há "relevantes indícios" de utilização de dinheiro público por parte do presidente do partido para "fins meramente ilícitos", como a divulgação de ataques às instituições.

Telegram recorre e Bolsonaro defende PCO

Após a decisão de Moraes, o Telegram, representado no Brasil pelo advogado Alan Campos Elias Thomaz, recorreu da solicitação de bloqueio do perfil de extrema-esquerda na rede social. Caso o ministro não reconsidere a determinação, a empresa pede que o caso seja submetido à análise do plenário ou da Primeira Turma da Corte.

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar Moraes em um evento com empresários e saiu em defesa do PCO após o ministro incluir a sigla no inquérito das fake news.

Eu estive com o vice mundial do Telegram e com o representante nacional e ele autorizou eu abrir parte da conversa. Estão sendo ameaçados de banimento pelo ministro Alexandre de Moraes se não excluírem a página do PCO. O que é PCO, meu Deus do céu? É ultrarradical de esquerda. Deixa a página deles aberta, pô. Jair Bolsonaro em um evento com empresários no Rio de Janeiro