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Moraes cobra PRF também sobre efetivo no 1º turno das eleições

O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, em coletiva na tarde do segundo turno - Antonio Augusto/TSE
O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, em coletiva na tarde do segundo turno Imagem: Antonio Augusto/TSE

Do UOL, em São Paulo

05/11/2022 22h11Atualizada em 05/11/2022 22h28

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), cobrou hoje da PRF (Polícia Rodoviária Federal) informações também sobre o efetivo mobilizado no primeiro turno das eleições de 2022. Ontem, o magistrado já havia demandado informações sobre as ações da corporação durante o segundo turno, realizado no último domingo (30).

O despacho deste sábado (5) pede o detalhamento por região e estado e determina um prazo de 48 horas para o fornecimento das informações. O período anteriormente determinado era de 28 de outubro até 4 de novembro, intervalo que também abarca as atividades nos bloqueios de estradas do país, encerrados na sexta, segundo a PRF.

"As informações requisitadas deverão ser discriminadas por Região e Estado —inclusive quanto aos eventuais recrutamentos e lotações de origem dos policiais— realizados para cada um dos turnos das eleições de 2022", diz o despacho.

O UOL mostrou que a PRF cortou em mais de um terço o número de agentes que trabalharam na última segunda-feira (31) em relação ao dia anterior, quando aconteceu o segundo turno do pleito. Segundo os dados, o efetivo que fiscalizou ônibus no dia da votação foi de 3.664 agentes em todo o país.

No dia seguinte, quando mais de 200 trechos de rodovias já estavam bloqueados em reação ao resultado das urnas —que deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL)—, o número de policiais em serviço operacional caiu para 2.310, uma redução de 36,95%.

Moraes também cobrou da PRF a apresentação de "todas as informações disponíveis sobre a identificação dos líderes, em especial a identificação dos proprietários dos veículos utilizados" nos bloqueios nas estradas. Os dados deverão ser usados pelo ministro para avaliar os casos e decidir pela aplicação de multa judicial, que podem chegar a R$ 100 mil por hora.

Resultado da eleição. Lula derrotou Bolsonaro e está eleito pela terceira vez. O petista teve numericamente a maior votação da história —o recorde anterior era dele mesmo, em 2006, com 58.295.042 votos.

Esta é a quinta eleição do PT para a chefia do país —sempre em segundo turno— e a primeira vez que um presidente no exercício do mandato perde a reeleição.