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Ex-advogado de Flávio Bolsonaro é nomeado assessor em secretaria do RJ

Luis Gustavo Botto Maia e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)  - Reprodução/Facebook
Luis Gustavo Botto Maia e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

07/11/2022 17h28Atualizada em 07/11/2022 17h58

Luis Gustavo Botto Maia, ex-advogado do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e investigado no caso da "rachadinha", foi nomeado assessor no gabinete do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio de Janeiro.

Ele fez a defesa de Flávio durante o caso das "rachadinhas", entrega ilegal dos salários de funcionários dos gabinetes, e teria dificultado o acesso da investigação e destruído provas, segundo o Ministério Público.

O ex-advogado do filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi cedido do emprego que tinha na Caixa Econômica Federal para se tornar assessor na secretaria da gestão Cláudio Castro (PL). A secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio de Janeiro é chefiada por João Carrilho, que foi vereador de Búzios entre 2009 e 2012.

A medida foi publicada no DOU (Diário Oficial da União) através de portaria em 28 de outubro e assinada pela presidente da Caixa, Daniella Marques.

Uma reportagem da Folha de S.Paulo, de julho, apontou que Luis conseguiu uma "promoção relâmpago" do Rio de Janeiro para Brasília após somente oito meses atuando na Caixa.

O advogado foi aprovado em um concurso do banco estatal para técnico bancário em 2014 e atuou na Caixa de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, em abril de 2021. Mas, em novembro do ano passado, ele foi transferido para trabalhar na Diretoria Executiva de Marketing e Relacionamento Institucional da Caixa, em Brasília, atuando como "substituto eventual de um assessor executivo". O salário dele passou de R$ 3 mil para R$ 14 mil no novo cargo. Ele negou a atuação de Flávio para conseguir a transferência à época.

Botto Maia também se manteve ligado ao grupo político da família Bolsonaro depois da eleição de 2018. Entre 2019 e 2020, ele ocupou uma série de cargos comissionados na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio). Esteve lotado na liderança do PSL — partido de Flávio Bolsonaro e de Jair Bolsonaro à época e também no gabinete do deputado estadual bolsonarista Renato Zaca.