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OPINIÃO

Maierovitch: Defesa 'pariu um rato' com relatório; juridicamente é um nada

Colaboração para o UOL

10/11/2022 09h01Atualizada em 10/11/2022 10h54

O jurista Wálter Maierovitch afirmou que o relatório do Ministério da Defesa sobre a eleição "não aponta nem revela nenhuma fraude juridicamente".

Durante o UOL News de hoje, Maierovitch fez uma comparação para explicar o relatório, citando Esopo, escritor da Grécia Antiga.

"O que a gente tira de uma das fábulas de Esopo é que a montanha pariu um rato. O Ministério da Defesa pariu um rato. A moral de uma das fábulas de Esopo é que aquele que projeta grandes acontecimentos, revoluções, quase sempre erra."

Maierovitch também falou sobre empresários que estão financiando protestos bolsonaristas e comentou que eles podem ser punidos com perda de caminhões, caso sejam condenados por crime contra a Constituição.

"Nessas hipóteses existe pena de prisão ou restrição de direitos, e existe outra consequência da condenação: é uma sanção de perdimento dos instrumentos usados para prática criminosa."

"O instrumento usado para bloqueios foram caminhões. Então existe para esses empresários o risco de perdimento dos caminhões", concluiu.

Josias: Bolsonaro incendeia o que restava da reputação das Forças Armadas

O colunista do UOL Josias de Souza disse que o relatório do Ministério da Defesa só "ofereceu material para teorias conspiratórias bolsonaristas".

"A única coisa que o imperador da Alvorada conseguiu foi incendiar a reputação das Forças Armadas, ou o que restava dela. Porque, prestando-se ao papel de vassalos do folião da Alvorada, as Forças Armadas se submeteram ao ridículo. O 'dia D' do golspismo virou quarta-feira de cinzas do 'Bolsonero' da Alvorada."

Questionado se o relatório deve acabar com os protestos bolsonaristas, ele respondeu que "os atos acabariam com ou sem relatório, porque ninguém fica indefinidamente fazendo papel de idiota".

Josias: Novo ministro do TSE não terá efeito que Bolsonaro deseja para 2026

Josias também comentou sobre a nomeação de André Ramos Tavares para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O advogado foi uma indicação do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao TSE.

Na opinião de Josias, a nomeação de Tavares não deve fazer diferença para que Bolsonaro tenha mais vitórias no TSE nas futuras eleições. "Um ministro, no universo de sete, representa cerca de 14%. Então Bolsonaro imagina ter 14% dele no TSE. Uma andorinha só não faz verão."

Na sequência, o colunista explicou como estão sendo as votações no TSE. "Temos verificado que, nas votações do TSE, tem prevalecido a tendência do Alexandre de Moraes, que é inimigo de Bolsonaro, por pelo menos 4 a 3. Esse ministro pode compor esse bloco minoritário de três votos. Se for assim, Bolsonaro terá feito uma nomeação que não surtirá efeitos para o que ele deseja", concluiu Josias.

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