Na avaliação do colunista do UOL Tales Faria, o mercado financeiro está criando uma confusão onde não existe diante das declarações dadas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ontem no gabinete de transição do governo, em Brasília.
Tales afirmou que é preciso diferenciar o chamado mercado, que são especuladores, daqueles que são empresários. O colunista também disse que Lula destacou exatamente os pontos que o mercado quer em seu discurso.
"Ontem no discurso que fez de manhã, o Lula disse que para gerir um país precisa de credibilidade, estabilidade e previsibilidade. Essas três questões são fundamentais para qualquer gestor. O Lula está dizendo que ele quer exatamente o que o mercado diz querer", começou Tales durante participação no UOL News.
"O mercado está criando uma confusão sobre o que não existe. Essa questão, amanhã ou depois, volta ao normal", completou.
Tales ainda explicou que os ganhos do mercado dependem exatamente de uma oscilação, pois como agentes financeiros, eles ganham tanto na alta quanto na queda do mercado financeiro. Além disso, o colunista também destacou que um governo não pode ceder às vontades do mercado para não perder seu poder de gestão.
"Eles ganham em qualquer situação e tem que oscilar. Oscilando eles ganham e aí confundem um pouco as coisas e querem também determinar os caminhos que o governo tem que seguir. Os governos que seguem exatamente o que o mercado quer acabam na mão do mercado e perdem o controle da gestão".
Rigotto: Lula tem que esquecer erros da gestão Bolsonaro e olhar pra frente
O ex-governador do Rio Grande do Sul e membro da equipe de transição de Lula, Germano Rigotto (MDB), defendeu que o presidente eleito esqueça Jair Bolsonaro (PL) e os erros de sua gestão.
"O momento é de pacificação e acredito que o presidente Lula tem que esquecer os erros do governo anterior. O presidente Lula tem que olhar para frente e olhar para aquilo que ele pode realizar no social, no desenvolvimento sustentável e deixar de lado essa questão do que aconteceu durante o período de Bolsonaro", disse durante participação no UOL News.
Ele ainda afirmou que esse momento tem que ficar para trás, esquecendo toda a radicalização e polarização que foram causadas por "equívocos de todas as partes" e que o país necessita de um momento de pacificação para "esquecer o passado de ódio".
Rigotto: Lula deu demonstrações que quer Tebet no governo e ela terá que tomar decisão
Germano Rigotto ainda afirmou que o presidente eleito Lula já deu demonstrações de que gostaria de ter a senadora Simone Tebet (MDB) em sua equipe de governo, mas também ressaltou que nenhum convite foi feito ainda e que a decisão de fazer parte ou não caberá exclusivamente à Tebet.
"O presidente Lula já deu demonstrações de que gostaria de tê-la na equipe de governo. Se o convite acontecer, é uma decisão que a senadora Simone Tebet terá que tomar".
O ex-governador ainda disse que a participação de Tebet no governo não implica necessariamente na participação do MDB no governo, e que esse tipo de decisão deverá partir do presidente do partido, Baleia Rossi.
"Se vier a participar tem que ser uma decisão trabalhada internamente que o presidente Baleia Rossi vai ter que conduzir e não pode condicionar apoio ao governo em troca de cargos", finalizou.
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