Bolsonaro gastou mais de R$ 3,5 mi com alimentação em avião presidencial
O presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus assessores gastaram mais de R$ 3,5 milhões com petiscos e alimentos servidos no avião presidencial durante os quatro anos de governo. Os dados foram levantados pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) junto ao Portal da Transparência.
Do início do mandato até meados de novembro deste ano, foram R$ 3.580.320,06. Deste total, R$ 1.183.459,95 foram gastos de janeiro até 14 de novembro, com comida e bebida nas viagens no avião da Presidência.
O montante de 2022 é superior aos anos anteriores. Em 2019 foram R$ 851.159,36, enquanto em 2020 custaram R$ 656.117,38. Já em 2021, o valor chegou a R$ 889.583,37.
"Esses valores absurdos colocam em xeque a imagem que o presidente quer passar, de um homem simples, que come farofa na rua, que gosta de macarrão instantâneo e leite condensado. A grande verdade é que, enquanto 33 milhões de brasileiros passam fome, Bolsonaro está se refestelando com banquetes no avião. É revoltante", diz o deputado.
Os produtos adquiridos são referentes a refeições prontas - que incluem café da manhã, almoço e jantar -, lanches (salgados e sanduíches), petiscos (castanhas, barras de cereais e frios), frutas, bebidas, doces e gelo. O contrato de fornecimento dos itens foi firmado ainda no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), em 2017, e foi prorrogado por Bolsonaro diversas vezes, conforme o deputado.
Gasto de cartão corporativo aumentou 108% em período eleitoral. Na semana passada, um levantamento também compilado pelo deputado Elias Vaz mostrou que os gastos no cartão corporativo do presidente Jair Bolsonaro (PL) tiveram aumento de 108% no período de campanha eleitoral, em comparação com a média mensal do ano passado.
As faturas referentes a agosto, setembro e outubro de 2022 somam R$ 9.188.642,20, o que resulta em uma média de R$ 3.062.880,73 por mês. Em 2021, o gasto mensal era, em média, de R$ 1.574.509,64. Os gastos disponíveis deste ano, de janeiro a outubro, são de R$ 22.751.636,53, a maior despesa registrada desde 2016.
O deputado disse já ter apresentado as informações à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, para pedir auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) e "detectar se houve abuso no período eleitoral com recursos públicos". O parlamentar pediu análise do que causou aumento de despesas em relação à média anterior e se as faturas coincidem com a agenda de campanha.
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