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Gasto de cartão corporativo de Bolsonaro aumentou 108% em período eleitoral

1.nov.22 - O presidente Jair Bolsonaro (PL) se preparando para pronunciamento após ser derrotado nas urnas - Isac Nóbrega/PR
1.nov.22 - O presidente Jair Bolsonaro (PL) se preparando para pronunciamento após ser derrotado nas urnas Imagem: Isac Nóbrega/PR

Do UOL, em São Paulo

10/11/2022 21h22

Dados do Portal da Transparência, compilados pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), indicam que os gastos no cartão corporativo do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) tiveram aumento de 108% no período de campanha eleitoral, em comparação com a média mensal do ano passado.

As faturas referentes a agosto, setembro e outubro de 2022 somam R$ 9.188.642,20, o que resulta em uma média de R$ 3.062.880,73 por mês. Em 2021, o gasto mensal era, em média, de R$ 1.574.509,64. Os gastos disponíveis deste ano, de janeiro a outubro, são de R$ 22.751.636,53, a maior despesa registrada desde 2016.

O deputado disse já ter apresentado as informações à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, para pedir auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) e "detectar se houve abuso no período eleitoral com recursos públicos".

Vaz pede análise do que causou aumento de despesas em relação à média anterior e se as faturas coincidem com a agenda de campanha.

Durante as eleições, os gastos no cartão corporativo foram pauta. Em entrevista para a Jovem Pan, Bolsonaro negou utilizar o cartão, apesar do TCU ter aberto em junho uma apuração após identificar o volume e a origem dos gastos na fatura do cartão que já seriam pagas por contratos ou diárias a servidores.

Na ocasião, ele declarou que a maior parte das despesas se deve ao seu deslocamento a compromissos oficiais pelo Brasil como presidente e pelos "80 seguranças que me acompanham", o que gera mais gastos de hospedagem, transporte e alimentação. "No meu entender tem que cuidar da minha vida sim".