Topo

Comandante da PM de Santa Catarina recusa convite para reunião com Moraes

Fogo em bloqueio golpista em Santa Catarina contestando a eleição - Divulgação/PRF
Fogo em bloqueio golpista em Santa Catarina contestando a eleição Imagem: Divulgação/PRF

Do UOL, em São Paulo

22/11/2022 20h09

Um dos estados com mais manifestações golpistas por causa da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial, Santa Catarina não terá representante na reunião dos comandantes de Polícia Militar com o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, na quarta-feira (23).

A comunicação social da Polícia Militar de Santa Catarina informou que o comandante, coronel Marcelo Pontes, recusou o convite.

A justificativa é de que havia compromissos pré-agendados: solenidades e acompanhamentos dos processos operacionais e administrativos.

Com a ausência do comandante da corporação catarinense, estarão presentes representantes das PMs de todos os outros estados e do Distrito Federal. A pauta do encontro é um balanço do trabalho conjunto nas eleições entre as tropas e a Justiça Eleitoral.

Santa Catarina é um dos estados em que mais ocorreram atos golpistas por causa da tentativa de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Os problemas começaram ainda durante a campanha e 313 relatos de assédio eleitoral foram denunciados ao Ministério Público do Trabalho.

Terminada a eleição, começaram os protestos e golpistas e 12 lideranças foram identificadas como organizadores e financiadores dos bloqueios. Entre os suspeitos, está Emilio Dalçoquio, empresário do setor de transporte que tem relação de amizade com o presidente Bolsonaro.

Apesar deste cenário, a reunião com o presidente do TSE não terá representante. A Polícia Militar de Santa Catarina optou por não enviar outro oficial no lugar do ocupado comandante da tropa.

Situação diferente do que ocorreu no Paraná. Ainda na semana passada, o coronel Hudson Leôncio Teixeira, comandante da corporação, informou que não iria comparecer. Ocorre que outro coronel da Polícia Militar, que esta atuando em Brasília, vai representar o comando Geral.

O coronel Hudson tinha problemas porque foi flagrado por um vídeo admitindo que estava prevaricando ao dizer que não multaria manifestantes que bloqueavam uma rodovia. O caso ocorreu na PR-151, no trecho que passa por Ponta Grossa.