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Depredação e vandalismo não vão intimidar democracia, diz Tebet

Senadora Simone Tebet (MDB-MS) condenou o ato que queimou carros, ônibus e tentou invadir a sede da Polícia Federal, em Brasília, na noite de ontem - Divulgação
Senadora Simone Tebet (MDB-MS) condenou o ato que queimou carros, ônibus e tentou invadir a sede da Polícia Federal, em Brasília, na noite de ontem Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

13/12/2022 08h45Atualizada em 13/12/2022 08h56

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) condenou hoje o ato que queimou carros, ônibus e tentou invadir a sede da Polícia Federal, em Brasília, após a prisão de um indígena que apoia o presidente Jair Bolsonaro (PL). Em post nas redes sociais, ela afirmou que "depredação e vandalismo não vão intimidar a democracia".

Os ataques começaram na noite de ontem e o grupo chegou a espalhar botijões de gás em volta de carros pegando fogo.

Tebet também disse que "os criminosos que causaram caos em Brasília" devem ser rigorosamente punidos. A senadora é cotada para assumir a pasta de Desenvolvimento Social no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e deve viajar a Brasília nesta semana para uma despedida de seu mandato no Senado Federal.

Na manhã de hoje, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse que determinou às forças de segurança que prendessem todos que estão fazendo depredações e outros atos de vandalismo. "A ordem é prender", afirmou o governador ao Estadão/Broadcast.

Ontem, o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), afirmou que o ato bolsonarista é "inaceitável". Após os ataques à PF, a segurança no hotel em que o presidente eleito Lula está hospedado foi reforçada.

Ônibus incendiado por bolsonaristas em Brasília (DF) - Pedro Ladeira/Folhapress - Pedro Ladeira/Folhapress
Ônibus incendiado por bolsonaristas em Brasília (DF) na noite de 12 de dezembro
Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Como foi a tentativa de invasão? O UOL apurou que os ataques começaram depois de o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, determinar a prisão temporária de José Acácio Serere Xavante, pelo prazo de 10 dias, por suspeita de ameaça de agressão e de perseguição contra o presidente eleito Lula.

O indígena é figura constante em protestos que pedem intervenção militar.

"Ele foi levado brutalmente pela PF, na frente dos meus filhos. Peço ajuda de advogados para tirá-lo da cadeia", afirmou a mulher do indígena em vídeo divulgado nas redes sociais.

No fim da noite, a PF informou, em nota, que Serere Xavante estava com advogados e que "todas as formalidades relativas à prisão estão sendo adotadas nos termos da legislação, resguardando-se a integridade física e moral do detido".