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Quem são os bolsonaristas presos por vandalismo em ato golpista em Brasília

Da esquerda para a direita: Klio Hirano, Joel Pires Santana e Átila Mello - Reprodução
Da esquerda para a direita: Klio Hirano, Joel Pires Santana e Átila Mello Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

29/12/2022 15h53

Uma amiga de Carla Zambelli que tentou ser prefeita no interior de São Paulo e dois pastores evangélicos estão entre as quatro pessoas presas pela PF por suspeita de participar de atos de vandalismo em Brasília há duas semanas.

O que se sabe sobre eles

  • A publicitária Klio Damião Hirano foi candidata à prefeitura de Tupã (SP) nas eleições de 2020 pelo PRTB.
  • Preso em Rondônia, o pastor evangélico Joel Pires Santana filmou ato em Brasília no dia 12, horas antes dos ataques.
  • O pastor Átila Mello, detido em São Gonçalo (RJ), gravou vídeo relatando a prisão do Cacique Serere, que teria motivado ato.
  • Eles foram presos por suspeita de participar da tentativa de invasão ao prédio da PF e de incêndio a veículos.

A defesa deles não foi localizada para que pudessem se posicionar sobre as prisões.

Zambelli é "amiga e madrinha" de mulher presa. No seu perfil nas redes sociais, Klio aparece ao lado da deputada federal do PL em fotos e vídeos.

Oi, pessoal de Tupã, tudo bem? Eu estou aqui com a Klio, dando um abraço nela. Obrigada, viu, Klio? Pelo apoio e pelo carinho.
Carla Zambelli, em vídeo com Klio em fevereiro de 2021

Em seguida, Klio demonstra intimidade com a parlamentar, a quem chama de "Carlinha". Em setembro do mesmo ano, Klio postou um vídeo com Jair Bolsonaro. "Abraço a todos de Tupã", diz o presidente.

A publicitária também fez publicações do acampamento em frente ao QG do Exército em Brasília.

Vamos aguardar, né? Missão dada, missão cumprida. Para vocês verem que vida de ativista não é fácil, mas estamos aí. Selva! Acho que só eu estou com essa cara de sono, que parece que que não dormi há meses. Faz parte. Mas vamos lá. Daqui a pouco, a gente volta. Brasil!"

No dia 12 de dezembro, data dos ataques, o pastor filmou um ato com manifestantes no Palácio da Alvorada, em Brasília, em frente ao presidente Jair Bolsonaro.

Em outra publicação, ele aparece fazendo uma oração enrolado em uma bandeira do Brasil.

O também pastor Átila Mello foi filmado em frente à sede da PF momentos antes da tentativa de invasão ao local. Segundo ele, o Cacique Serere havia sido "sequestrado" por agentes à paisana.

Entrei no ônibus para pegar carona e ir ao acampamento. E o Cacique estava na picape na frente. Dois carros [descaracterizados da PF] apontaram a arma, mandaram parar, fecharam a picape e seguiram com eles. A gente não viu quem era. Podia ser um sequestro para matar o Cacique. Por isso, a gente veio atrás. Não sabia que prédio era esse. É a administração da Polícia Federal."
Pastor Átila Mello, após a prisão do Cacique Serere

O vídeo foi feito em frente à sede da PF em Brasília, onde houve a tentativa de invasão.

Eles [policiais federais] sequestraram o Cacique. Ordem absurda não se cumpre. Eles não estavam em carro caracterizado. Isso é sequestro."

Em outro vídeo feito pelo site Metrópoles, Átila aparece apontando o dedo na direção de agentes no local. "A nossa família é a família de vocês. Minha empresa está há 45 dias fechada."

A esposa de Átila gravou vídeo após a prisão dele, chamando-o de "preso político" e fazendo xingamentos ao presidente eleito Lula e ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.