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Marco Aurélio diz que errou redondamente ao avaliar Moraes como boa escolha

22.out.2019 - Os ministros Marco Aurélio de Mello e Alexandre de Moraes durante sessão no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF); Marco Aurélio se aposentou em 2021 - Fátima Meira/Futura Press/Folhapress
22.out.2019 - Os ministros Marco Aurélio de Mello e Alexandre de Moraes durante sessão no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF); Marco Aurélio se aposentou em 2021 Imagem: Fátima Meira/Futura Press/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

11/01/2023 10h03Atualizada em 11/01/2023 18h13

O ministro aposentado do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello afirmou hoje que se enganou ao elogiar o colega Alexandre de Moraes em 2017, quando foi escolhido para integrar a Corte.

"Ele realmente não vem contribuindo para a paz social. Não vou tecer considerações maiores, e olha que o conheço há muitos anos", disse ele em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Na época da queda do avião em que faleceu o ministro Teori Zavascki, fui questionado por jornalistas quanto ao que se faria, como seria preenchida a cadeira, e disse que o presidente Michel Temer tinha um homem talhado para a cadeira: foi professor universitário, foi do Ministério Público, foi secretário municipal do prefeito [Gilberto] Kassab, secretário estadual de Segurança Pública do governador Geraldo Alckmin, e era ministro da Justiça [do presidente Temer]. Vejo que errei redondamente
Ex-ministro do STF Marco Aurélio Mello

Moraes foi nomeado para a Suprema Corte em 2017 pelo então presidente Michel Temer (MDB), e a indicação foi aprovada pelo Senado Federal.

Marco Aurélio, que se aposentou do Tribunal em 2021, comentava os atos golpistas em Brasília, que terminaram com a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. Para ele, é necessário investigar e definir as responsabilidades, mas ele não concorda com o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), nem com a prisão dos participantes do acampamento em frente ao quartel-general do Exército.

"Se eu estivesse na bancada, não endossaria esse ato de força", afirmou. "Não viveremos dias melhores no Brasil com atos de força, que não tivemos sequer na época do regime de exceção. Vamos marchar com temperança".

Errata: este conteúdo foi atualizado
O texto dizia que a indicação de Moraes tinha sido feita e aprovada em 2016, mas foi em 2017. A informação foi corrigida