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Fávaro diz achar que agro financiou ato no DF: 'Poucos, mas raivosos'

04.jan.23 - Carlos Fávaro durante posse do vice-presidente Geraldo Alckimin, como Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços no Palácio do Planalto em Brasília (DF) - FÁTIMA MEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO
04.jan.23 - Carlos Fávaro durante posse do vice-presidente Geraldo Alckimin, como Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços no Palácio do Planalto em Brasília (DF) Imagem: FÁTIMA MEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

13/01/2023 08h12Atualizada em 13/01/2023 08h15

O ministro da Agricultura Carlos Fávaro (PSD) disse achar que empresários ligados ao agronegócio financiaram os atos golpistas de Brasília em 8 de janeiro. É a mesma hipótese levantada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino.

Segundo Fávaro, as mesmas pessoas que desmatam ilegalmente participaram da ação. As declarações foram dadas em entrevista à revista Veja.

Lamentavelmente acho que é verdade. Fazem parte daqueles poucos, mas muito raivosos, que não fazem bem ao agronegócio. Aqueles que desmatam e tocam fogo ilegalmente são os mesmos que agora atentam contra a nossa democracia.
Ministro Carlos Fávaro em entrevista à revista Veja

No último dia 8, bolsonaristas extremistas invadiram e destruíram prédios dos 3 Poderes em Brasília. Eles repetem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para alegar fraude das eleições, além de defender pautas golpistas, como intervenção militar, e pressionam pela saída do presidente Lula (PT).

A Justiça será rigorosa com esses bandidos, fascistas, terroristas. Eles não passam disso. As pessoas de bem, homens e mulheres que produzem, fiquem tranquilos, nós vamos pacificar o Brasil.
Ministro Carlos Fávaro

Fávaro culpou as fake news pelo rompimento do agronegócio com o governo petista. Ele ressaltou que Lula não vai impedir fazendeiros de terem uma arma para autodefesa.

Lula já foi presidente da República e não retirou o direito de propriedade de ninguém, não taxou as exportações, não vai compactuar com invasões ilegais.
Ministro Carlos Fávaro

Ele também criticou a atitude de membros da Aprosoja, entidade de produtores de soja e milho no Mato Grosso. Fávaro já presidiu a entidade no estado.

"A Aprosoja foi um símbolo, inclusive de apoio aos atos antidemocráticos, o que é descabido e deve ser reprimido. Um delegado da entidade foi preso ateando fogo em caminhão, em uma praça de pedágio. Não estou trabalhando com hipóteses, são fatos reais. É realmente lamentável."

Fávaro diz que o incentivo da diretoria da Aprosoja "levou muitos produtores a perderem o senso de compromisso com a democracia".