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Relação de Lula com Forças Armadas está absolutamente pacificada, diz Múcio

José Múcio toma posse como ministro da Defesa de Lula - Ricardo Stuckert
José Múcio toma posse como ministro da Defesa de Lula Imagem: Ricardo Stuckert

Colaboração para o UOL, em Maceió

31/01/2023 10h11

O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que a relação entre o presidente Lula (PT) e os comandantes das Forças Armadas está "absolutamente pacificada" após os atos de vandalismo praticados por radicais bolsonaristas em Brasília, no dia 8 de janeiro. A declaração do ministro foi dada em entrevista à CNN Brasil.

A gente não vai conseguir esquecer o dia 8 tão cedo e tomara que demore muito [para esquecer] para que isso não se repita, mas as relações estão absolutamente pacificadas. Hoje temos agendas proativas, tratando de outros assuntos, nem tratamos mais do que passou."

Ao ser questionado qual nota daria hoje, entre 0 e 10, para o clima entre o governo federal e os militares, Múcio disse que não dará a pontuação máxima porque "sempre existem surpresas", mas reafirmou que as relações estão "ótimas".

Múcio também reiterou que o clima no Exército é de "tranquilidade", após a troca de comandante que se deu por uma "quebra de confiança".

Dias depois dos atos de vandalismo na capital federal, Lula trocou o então comandante do Exército Júlio César de Arruda, criticado por inação, por Tomás Ribeiro Paiva, que antes de ser nomeado discursou em defesa da democracia.

'Barbárie que não pode ser repetida'. Para o chefe da Defesa, o terrorismo do dia 8 de janeiro, quando as sedes dos Poderes da República foram depredadas, foi um ato de barbárie que precisa ser combatido e os responsáveis penalizados para que não aconteça novamente.

Nunca mais vamos ter aquilo. É difícil fazer análise de quem foi ao erro. Aos poucos tudo está se esclarecendo. [Na verdade] foi um erro quase coletivo, do qual todo mundo se envergonha. Os Poderes foram agredidos, atacados e a democracia brasileira naquele dia foi atingida."

Pacificação. Jose Múcio também destacou a necessidade de "pacificar" o Brasil e pôr um fim ao clima de animosidade.

Para ele, é preciso que aqueles que saíram derrotados das urnas aceitem o resultado do pleito para que assim o país possa focar nas pautas que interessa a todos os brasileiros e permitir.