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Ministros de Lula vão ao Senado para apoiar reeleição de Pacheco

1.fev.2021 - Simone Tebet, ministra do Planejamento, comparece à posse no Senado - Vinicius Nunes/UOL
1.fev.2021 - Simone Tebet, ministra do Planejamento, comparece à posse no Senado Imagem: Vinicius Nunes/UOL
Camila Turtelli, Eduardo Militão e Vinicius Nunes

Do UOL, em Brasília, e colaboração para o UOL, em Brasília

01/02/2023 16h08

Diante da promessa de uma disputa acirrada pela presidência do Senado, dez integrantes do governo Lula foram à Casa para acompanhar a eleição. O movimento é um gesto de apoio a Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente que busca a reeleição.

Pacheco tem dois adversários do campo bolsonarista na eleição para a presidência do Senado: Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro de Jair Bolsonaro e candidato apoiado pelo ex-presidente; e Eduardo Girão (Podemos-CE).

A tendência, segundo prognósticos feitos por articuladores no Senado, é que Pacheco e Marinho polarizem a disputa.

Entre os presentes, cinco são senadores que se licenciaram do governo para participar da votação:

  • Flávio Dino (Justiça);
  • Wellington Dias (Desenvolvimento Social);
  • Camilo Santana (Educação);
  • Renan Filho (Transportes);

Outros seis ministros não têm mandato no Senado atualmente, mas marcam presença no plenário da casa.

  • Simone Tebet (Planejamento);
  • Paulo Pimenta (Secom);
  • Alexandre Padilha (Relações Institucionais);
  • Waldez Góez (Integração e Desenvolvimento Regional);
  • Juscilino Filho (Comunicações);
  • Jean Paul Prates (presidente da Petrobras);

A presença de Padilha, articulador político do governo, e de Simone Tebet, ex-senadora e terceira colocada na última disputa presidencial, sinalizam o peso que o governo dá à disputa. Apesar de apoiar Pacheco, Padilha fez questão de cumprimentar primeiramente Rogério Marinho.

Os ministros Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Flávio Dino (Justiça), Jean Paul Prates (presidente da Petrobras) e o senador Humberto Costa posam juntos no plenário do Senado - Roberto Stuckert Filho/Divulgação - Roberto Stuckert Filho/Divulgação
Os ministros Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Flávio Dino (Justiça), Jean Paul Prates (presidente da Petrobras) e o senador Humberto Costa posam juntos no plenário do Senado
Imagem: Roberto Stuckert Filho/Divulgação

O bolsonarismo saiu fortalecido após o resultado da última eleição, onde 16 dos 27 eleitos para o Senado apoiaram Bolsonaro. Por isso, os bolsonaristas veem uma vitória de Marinho como uma oportunidade de criar um bastião de oposição. Além disso, o Senado é considerado estratégico por dar início a processos de impeachment de ministros do STF, alvos constantes de ataques da extrema direita.

Simone Tebet destacou a importância de uma vitória de Pacheco para que a agenda econômica do governo Lula avance.

Não existe pauta econômica sem a reconstrução institucional do Brasil e a reconstrução institucional da harmonia entre os Poderes. Essa harmonia passa por termos um presidente do Congresso Nacional que tenha como cartilha o amor à democracia. E isso é a figura de Rodrigo Pacheco. Portanto é essencial para a democracia, para o fortalecimento, para a harmonia dos Poderes e para resolvermos os problemas econômicos do Brasil a eleição do presidente Rodrigo Pacheco.
Simone Tebet, ministra do Planejamento