Após foto com Pazuello, vice do PT diz que precisa atrair a direita
Após posar ao lado de Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde no governo de Bolsonaro, o deputado federal e vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá (RJ), se defendeu das críticas dizendo ser necessário atrair o apoio de políticos da direita.
Ontem, a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, criticou o registro e disse que a atitude é desrespeitosa e ofensiva e que tudo tem limite.
Eu --como base do presidente Lula- quero ampliar o máximo possível a base daqueles que querem apoiar as políticas do governo. Quero isolar os bolsonaristas radicais - os que flertam com o fascismo e contra o governo Lula. Mas para isso precisamos de apoio. Precisamos ganhar o centro e a direita.
Deputado Washington Quaquá, em entrevista à GloboNews
"A foto pode mexer com algumas pessoas. Mas precisamos trazer a direita para uma pauta. Por exemplo: quero o máximo de votos para a Reforma Tributária, inclusive o do Pazuello. Agora, se ele vai me dar o voto, eu não sei, mas eu preciso conversar", acrescentou.
Após ser criticado nas redes sociais, Quaquá publicou um vídeo em que chama os críticos de "stalinistas idiotas" e uma foto de um jumento com a seguinte legenda: "De direita ou de esquerda, jumento é jumento!".
Durante a campanha presidencial. O presidente Lula (PT) criticou diversas vezes o ex-ministro da Saúde, dizendo até que o colocaria na cadeia devido à gestão da pandemia.
O governo do petista também solicitou acesso a um processo que apurou a participação de Pazuello em um ato político, em maio de 2021, a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Essa era uma promessa de campanha de Lula, junto à derrubada de outros sigilos do antigo governo.
Deputado chamou críticos de intolerantes. Na foto publicada com o general, Washington Quaquá já antecipava comentários contra o seu encontro com Pazuello.
O vice-presidente do PT chamou os possíveis críticos de "intolerantes" e disse que "a tarefa do governo Lula e da figura maior do nosso presidente é unir, pacificar e reconstruir o nosso país".
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