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Tarcísio fala em retirar moradores de áreas de risco para evitar tragédias

Governador de São Paulo em entrevista na Globonews - Reprodução TV Globo
Governador de São Paulo em entrevista na Globonews Imagem: Reprodução TV Globo

Do UOL, em São Paulo

08/03/2023 03h51

O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que vai transferir os moradores de várzeas e encostas para habitações em locais seguros. A ideia é evitar tragédias como a que aconteceu após as fortes chuvas que atingiram o litoral norte de São Paulo e deixou 65 mortos durante o Carnaval.

"A gente vai ter que tirar pessoas que moram na área de várzea, nas encostas e entregar para essas pessoas habitação em local seguro", declarou o governador em entrevista exibida na Globonews na noite de ontem (7).

Além das moradias, Tarcísio, que foi apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições no ano passado, ainda assumiu que é necessário melhorar as ações para que temporais sejam previstos e que a população seja avisada, e afirmou que a tecnologia usada não foi a adequada.

"Temos que melhorar a previsão desses eventos, então nós vamos investir em radares, em comunicação. A gente percebeu que usando telefonia móvel teremos mais sucesso. O que a gente usou hoje, que eram os recursos disponíveis, ainda não foi o suficiente". O governador de São Paulo defendeu mais uma vez a instalação de sirenes.

Cerca de 1.200 pessoas que tiveram suas casas destruídas pelas chuvas no litoral norte de São Paulo serão transferidas de abrigos de São Sebastião para unidades habitacionais no município de Bertioga, na Baixada Santista. A distância entre a Vila Sahy, área mais atingida pelo temporal, e o conjunto de moradias é de cerca 50 quilômetros. Atualmente, as famílias estão abrigadas em hotéis e pousadas de São Sebastião.

Ainda sobre o litoral do estado, Tarcísio revelou a intenção de construir um terminal de carga no fundo do canal de Santos, próximo do porto, na direção de Cubatão para evitar que o local vire favela. Para o republicano, "a privatização do Porto de Santos pode ser o rompimento de um ciclo de pobreza na Baixada Santista".