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No Planalto, bolsonarista Zé Trovão diz estar 'tentando mostrar diplomacia'

07.03.23 - Deputado Zé Trovão (PL-SC) em visita ao Palácio do Planalto - Lucas Borges Teixeira/UOL
07.03.23 - Deputado Zé Trovão (PL-SC) em visita ao Palácio do Planalto Imagem: Lucas Borges Teixeira/UOL

Do UOL, em Brasília

07/03/2023 12h10Atualizada em 07/03/2023 16h53

O deputado bolsonarista Zé Trovão (PL-SC) foi hoje ao Palácio do Planalto para se reunir com o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais. Em encontro que ele definiu como "tentativa de diplomacia", ele foi um dos representantes da bancada Sul e Centro-Oeste da Câmara.

De chapéu e com tornozeleira eletrônica, o deputado foi eleito em 2022 após ser preso em 2021 por ameaças ao STF e por incentivar atos golpistas. Seu inquérito segue na Suprema Corte e, por não ter condenações anteriores, ele pôde tomar posse.

Com participação do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o encontro com o ministro de Lula (PT) durou pouco mais de 30 minutos. Participaram outros 19 deputados de partidos da base a da oposição representando as duas regiões.

Na saída, o deputado se recusou a falar com a imprensa. Citou uma ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e disse que não podia responder às perguntas. "Senão eu complico a minha vida, tá bom?", respondeu.

Segundo a decisão, o deputado não pode dar entrevistas públicas —só falar no plenário da Câmara dos Deputados, onde tem imunidade parlamentar.

Após insistência, Zé Trovão disse rapidamente qual havia sido o objetivo do encontro com Padilha —principal responsável pela interlocução entre o Planalto e o Congresso.

É um encontro em que a gente está tentando mostrar uma diplomacia, ter respeito entre os Poderes, fazer com que a gente consiga trabalhar. Era essa a intenção de falar com o ministro Padilha."
Deputado Zé Trovão

Ex-caminhoneiro e apoiador ferrenho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Zé Trovão foi preso em setembro de 2021 por incentivar atos golpistas no Sete de Setembro e pedir o fechamento do STF. Ele chegou a fugir para o México, e se entregou à Polícia Federal em outubro daquele ano.