PGR defende tirar de Moraes pedido para suspender contas de Nikolas
A PGR (Procuradoria-Geral da República) defendeu hoje que o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), deixe a relatoria de um pedido para suspender as redes sociais do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
O que aconteceu?
- Em parecer, o subprocurador Carlos Frederico Santos disse que o caso tem relação com pedidos de investigação contra o parlamentar pelo discurso transfóbico na Câmara dos Deputados.
- Esses pedidos de investigação estão sob relatoria do ministro André Mendonça.
- Por isso, a PGR afirma que o pedido deve ser enviado a Mendonça, deixando o gabinete de Moraes.
Pedido para suspender as redes de Nikola é de Erika Hilton
- A manifestação da deputada federa do PSOL-SP foi feita dentro do inquérito que apura a atuação de autoridades nos atos golpistas de 8 de janeiro.
- Para a PGR, os fatos narrados pela deputada não guardam relação com o inquérito.
Os pedidos formulados em desfavor do deputado federal Nikolas Ferreira relacionam-se a fato ocorrido em 8 de março do presente ano, sem conexão com os atos atentatórios contra o Estado Democrático de Direito"
Carlos Frederico Santos, subprocurador
Relembre o caso de transfobia na Câmara
- No Dia da Mulher (8), o deputado colocou uma peruca loira e zombou, no plenário da Câmara, que se "sente mulher", se chama Nicole e "tem lugar de fala".
- Nikolas ainda falou que mulheres trans ameaçam as mulheres cis: "As mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres. Para vocês terem ideia do perigo que é isso, eles estão querendo colocar a imposição de uma realidade que não é a realidade."
- O MPF acionou a Câmara para que o discurso transfóbico de Nikolas seja apurado. Entidades LGBT+ enviaram notícias-crime ao STF sobre o caso.
- Arthur Lira (PP-AL), repudiou as falas do deputado e prestou solidariedade a "todas e todos que se sentiram ofendidas e ofendidos".
Nikolas já responde por transfobia
- O deputado responde por injúria racial após chamar a deputada Duda Salabert de "ele". "Ele é homem. É isso o que está na certidão dele, independentemente do que ele acha que é", afirmou Nikolas em entrevista em dezembro de 2020, quando ambos eram vereadores de Belo Horizonte.
- Nas redes sociais, Duda comemorou a decisão: "Posição importante do TJ-MG que afirma que ofensas transfóbicas são crime de racismo, como decidido pelo STF".
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