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Dino rebate Moro e diz que é canalhice falar em ligação entre PT e PCC

Flávio Dino, ministro da Justiça do governo Lula, e o senador Sergio Moro - Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo e Pedro França/Agência Senado
Flávio Dino, ministro da Justiça do governo Lula, e o senador Sergio Moro Imagem: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo e Pedro França/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

25/03/2023 22h09Atualizada em 25/03/2023 22h35

Sem citar nominalmente o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), disse nas redes sociais na noite deste sábado (25) que "não há imunidade parlamentar para proteger canalhice".

O que aconteceu

  • O ex-ministro e ex-juiz da Lava Jato citou o uso do nome "Lula Livre" em um email associado ao grupo criminoso PCC (Primeiro Comando da Capital), segundo investigação da PF. "Gostaria de entender por que um dos criminosos do PCC, investigado no plano de sequestro e assassinato, utilizava como endereço de e-mail lulalivre1063?", questionou Moro em uma publicação no Twitter na manhã deste sábado.
  • Dino rebateu o parlamentar em outra postagem. "Essas afirmações de ligação do PT com o PCC não passam de canalhice. Não há indício, prova, nada; só canalhice mesmo", postou o ministro.
  • Em outra postagem, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que Moro "vive da mentira". Ela e chamou o ex-juiz de "falso" por "tentar associar o crime ao PT": "O juiz parcial e suspeito, desmascarado e desmoralizado pelo STF, não tem autoridade para acusar ninguém", escreveu no Twitter.

Como era o plano dos criminosos

  • O plano da facção criminosa PCC, desarticulado pela Polícia Federal na última quarta-feira (22), tinha como alvo Moro e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, além de agentes federais, segundo as investigações.
  • Na véspera da operação, o presidente Lula afirmou, durante entrevista, que, enquanto esteve preso em Curitiba, pensava: "Só v'ou ficar bem quando f**** com o Moro". Lula também disse que desejou se vingar de Moro enquanto esteve preso, entre 2018 e 2019 e que buscaria provar ter sido vítima de uma farsa da Lava Jato.
  • A proximidade entre a declaração do petista e a operação da PF mobilizou a oposição e a reação do Planalto. O presidente também afirmou que a aparição do nome dele na operação poderia ser uma "armação" do ex-ministro.
  • O ministro de Comunicação Social, Paulo Pimenta, convocou uma coletiva de imprensa e afirmou que as tentativas de associar o presidente às ações de grupos criminosos eram "perversas" e "fora de propósito".
  • Flávio Dino já havia refutado a vinculação do presidente Lula com o caso. "É vil, leviano e descabido", disse. "É mau-caratismo tentar politizar uma investigação séria."
  • O ministro afirmou que, desde janeiro, autoridades tinham conhecimento do plano contra Moro e vinham acompanhando os movimentos do grupo criminoso.

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