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Sakamoto: Bolsonarismo tenta ligar Lula ao PCC para encobrir caso das joias

Colaboração para o UOL, em São Paulo

23/03/2023 12h45

O colunista do UOL Leonardo Sakamoto comentou no UOL News que os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão usando o plano da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) contra o ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) para acobertar o caso das joias da Arábia Saudita.

Essa tentativa do bolsonarismo é para afastar o caso das joias do cenário público. A fala do Bolsonaro ontem nas redes sociais foi a primeira vez que ele foi para o ataque desde o caso das joias de R$ 16 milhões da Arábia Saudita que Bolsonaro tentou embolsar para ele e sua família".

O ex-presidente Jair Bolsonaro mentiu ao comparar o plano do PCC contra Sergio Moro à facada que sofreu em 2018 e ao assassinato de Celso Daniel, em 2002.

O que Bolsonaro disse?

  • "Tudo não pode ser só coincidência". "Em 2002 Celso Daniel, em 2018 Jair Bolsonaro e agora Sérgio Moro. Tudo não pode ser só coincidência. O Poder absoluto a qualquer preço sempre foi o objetivo da esquerda", escreveu Bolsonaro no Twitter.
  • Ex-presidente citou CPMI. "Nossa solidariedade a Sérgio Moro, Lincoln Gakiya e familiares. A CPMI assombra os inimigos da democracia", continuou, sem especificar a qual CPMI se referia. Apoiadores de Bolsonaro têm pressionado pela abertura de uma comissão de investigação sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, ao que o governo se opõe.

Lula está certíssimo ao dar bronca pública em apoiadores por vaias a governadora, diz Sakamoto

O colunista também elogiou a bronca dada pelo presidente Lula (PT) a seus apoiadores após as vaias à governadora Raquel Lyra (PSDB).

Está certíssimo em um nível irretocável com relação à atitude de dar uma bronca pública nos seus apoiadores, principalmente quando você tem uma outra pessoa falando".

Se a governadora estivesse falando: 'Estou aqui para defender o trabalho escravo, estou aqui para defender a tortura e ser contra a vacina'. Se a pessoa está fazendo um discurso contra a dignidade humana, cabe uma vaia. Agora, não cabe uma vaia da pessoa por ela defender pontos diferentes do que posso defender. Na democracia, há divergência, não só cabe [opiniões diferentes], como é saudável. O problema é que a gente desaprendeu a conviver com a divergência nos últimos anos".

O que aconteceu:

  • Raquel Lyra participou do evento promovido pelo PT no Recife na tarde de hoje para o lançamento do novo PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), com foco no fortalecimento da agricultura familiar.
  • Ao discursar, a governadora foi vaiada por parte do público presente, enquanto outros viraram as costas para ela.
  • No final de sua fala, Lyra disse que vai governar o Estado para todos, "inclusive aqueles que me vaiaram ou viraram as costas".
  • Lula afirmou que as pessoas que vaiaram Raquel Lyra também o vaiaram, já que o evento foi promovido pelo governo federal e a tucana foi sua convidada.
  • Ele cobrou respeito e disse ser preciso aprender a conviver com "adversários políticos", porque não é possível "conviver como inimigos".
  • O petista reafirmou que voltará a Pernambuco e encontrará Raquel quantas vezes forem necessárias durante sua gestão.

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