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Lula se encontra com presidente chinês, Xi Jinping, nesta sexta em Pequim

Do UOL, em São Paulo

14/04/2023 05h43Atualizada em 14/04/2023 09h27

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da China, Xi Jinping, se encontraram hoje (14), na sede do Legislativo chinês. O governo brasileiro busca por acordos entre os dois países.

Como foi o dia de Lula na China:

O presidente Lula começou o dia em Pequim participando de audiência com o chefe da companhia de eletricidade da China, State Grid, Zhang Zhigang.

Na segunda agenda, desta sexta-feira, em Pequim, o presidente do Brasil teve reunião com Zhao Leji, líder da Assembleia Popular da China.

"Queremos elevar o patamar da parceria estratégica entre nossos países, ampliar fluxos de comércio e, junto com a China, equilibrar a geopolítica", declarou Lula após encontro com o presidente da Assembleia Popular da China, Zhao Leji.

Acompanhado da primeira-dama, Janja, e de parte da comitiva, Lula esteve presente da cerimônia de aposição de coroa de flores no Monumento aos Heróis do Povo, na Praça da Paz Celestial.

Estavam previstos, na agenda de Lula, encontros com representantes da Federação de Sindicatos de Toda a China, e com Li Qiang, primeiro-ministro da República Popular da China.

Na China desde terça-feira em viagem oficial, o chefe do executivo do Brasil compareceu à posse de Dilma Rousseff como presidente do banco dos Brics, realizada ontem em Xangai.

O presidente Lula afagou os chineses —rivais americanos na Guerra Fria 2.0— e provocou os Estados Unidos ao criticar o dólar, o FMI (Fundo Monetário Internacional) e defendeu o protagonismo de países emergentes na economia global.

O que disse Lula:

"Por que não podemos fazer o comércio lastreado na nossa moeda? Quem é que decidiu que era o dólar?", questionou o presidente do Brasil ao defender transações nas moedas próprias dos países do Brics.

"Nenhum governante pode trabalhar com a faca na garganta porque está devendo. Não cabe a um banco ficar asfixiando as economias dos países, como estão fazendo com a Argentina, o Fundo Monetário Internacional. E como fizeram com o Brasil", disse o petista ao criticar ações do FMI.

A defesa do governo brasileiro na adoção de moedas alternativas ao dólar para realizar o comércio entre os países emergentes está causando pesadelos nos EUA, segundo fontes diplomáticas em Washington, Brasília e Pequim.

A comitiva brasileira também visitou o centro de desenvolvimento de tecnologias da Huawei. A empresa fez uma apresentação sobre 5G e soluções em telemedicina, educação e conectividade.

O governo brasileiro busca firmar mais de 20 acordos bilaterais entre os dois países, sendo um deles a construção de um novo satélite que possa servir para monitorar o desmatamento na Amazônia e observação climática.

De acordo com a AEB (Agência Espacial Brasileira), o custo total do satélite é estimado em US$ 140 milhões (R$ 752 milhões), divididos meio a meio entre as duas nações.