Cappelli: GSI vai acelerar trocas, mas Lula não orientou desmilitarização
O ministro interino Ricardo Cappelli afirmou hoje que vai acelerar o processo de renovação do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) após pedido do presidente Lula (PT). Ele foi entrevistado por Fabíola Cidral, Josias de Souza e Leonardo Sakamoto hoje no UOL Entrevista.
Com o cenário de polarização política que vivemos, com a presença de extremistas, as trocas se tornam ainda mais importantes. Recebi do presidente Lula a determinação de acelerar essas renovações. É o que farei a partir de amanhã.
Cappelli acrescentou que não há orientação do presidente Lula para desmilitarizar o GSI. "Não é razoável trocar todos os servidores do GSI, mas seremos rigorosos. Cerca de 35% do corpo de servidores já foi trocado".
Acho que é importante que a gente não alimente um falso antagonismo entre civis e militares. A segurança do presidente sempre foi liderada por militares, em perfeita harmonia com civis e participação da Polícia Federal. Não há nenhuma orientação do presidente Lula no sentido de desmilitarização do GSI.
Cappelli: 'Vejo com naturalidade que um general siga no comando do GSI'
Cappelli, que assumiu o GSI de forma interina, diz ver com naturalidade que um general continue no comando do órgão. O nome mais cotado é o de Marcos Antônio Amaro dos Santos, que se mostrou disposto a aceitar o convite.
O GSI foi comandado por mais de 85 anos por generais do Exército então vejo com naturalidade que um general siga no comando do GSI. Eu não conheço pessoalmente o general Amaro, mas vejo com naturalidade.
Questionado sobre a possibilidade de assumir o comando do GSI definitivamente, Cappelli se esquivou: "A missão que recebi do presidente foi assumir interinamente. Estou cumprindo a missão do presidente".
Cappelli: 8/1 não ter deixado mortos foi 'quase um milagre'
Cappelli também comentou sobre a ação de vândalos que invadiram o Palácio do Planalto em 8 de janeiro. Novas imagens foram divulgadas no fim de semana.
Foi quase um milagre a gente ter ultrapassado o dia 8 sem que o pior acontecesse, sem que nós tivéssemos um cadáver. Essa poderia ser a consequência de um enfrentamento mais grave.
Tenho relatos de uma PM, a soldado Marcela do Distrito Federal, que teve seu capacete rachado ao meio por golpes de barra de ferro e quando seria assassinada ou finalizada, na linguagem que a PM usa, ela foi salva por um sargento que bravamente se jogou em cima deles.
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