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Defesa de Torres alega 'lapso de memória' e pede ofício para obter senhas

Do UOL, em São Paulo e Brasília

28/04/2023 17h12

A defesa do ex-ministro Anderson Torres afirmou nesta sexta (28) que foi "surpreendida" com o fato de que as senhas do celular do ex-ministro, entregues à Polícia Federal para investigação sobre os atos de 8 de janeiro, estavam erradas.

O que aconteceu?

A defesa de Torres atribuiu o erro na entrega das senhas a um "lapso de memória" de Torres, cujo estado emocional estaria "se deteriorando gravemente". Para os advogados, o erro poder ter ocorrido "dado o grau de comprometimento cognitivo" do ex-ministro.

Por conta disso, a defesa sugeriu ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que envie ofício aos provedores de internet para que informem os dados de Torres, de forma que a PF possa ter acesso às informações.

Este celular é aquele que Torres alegou ter perdido nos Estados Unidos, onde estava em 8 de janeiro deste ano, quando ocorreu os atos golpistas em Brasília. Com a senha, no entanto, os agentes esperam acessar os dados armazenados na nuvem.

Ressalta-se ainda que, nos dias de hoje, é natural que os usuários não mais se preocupem em 'decorar' senhas, já que a modernidade permite que os aparelhos armazenem as senhas, com a possibilidade de utilização do 'face ID' ou mesmo de sua 'digital' para fins de acesso a seus dados pessoais, o que representa mais um empecilho para a memorização de senhas".
Defesa de Anderson Torres a Alexandre de Moraes

Ex-ministro teve mais um pedido de soltura negado

Torres teve mais um pedido de soltura negado pelo Supremo hoje. O ministro Roberto Barroso, que julgou o pedido, argumentou que o instrumento usado pela defesa (um habeas corpus) não pode ser usado para derrubar a decisão de outro ministro, no caso, Moraes.

O ex-ministro foi preso no dia 14 de janeiro após voltar ao Brasil para se entregar, porque já era alvo de um mandado de prisão. Desde então, está no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília.