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Mesmo sob a mira de CPI, MST fará parte de novo Conselhão de Lula

Lula visita acampamento do MST em Pernambuco, em 2021 - Ricardo Stuckert/Divulgação
Lula visita acampamento do MST em Pernambuco, em 2021 Imagem: Ricardo Stuckert/Divulgação

Do UOL, no Rio

29/04/2023 20h21

O MST (Movimento dos Sem Terra) aceitou o convite feito pelo presidente Lula (PT) e estará representado na nova versão do Conselhão —grupo consultivo com expoentes da sociedade civil e do empresariado criado no primeiro governo do petista e retomado agora.

Padilha confirma participação

A participação do MST foi confirmada hoje pelo ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), em publicação no Twitter.

O movimento é um dos principais alvos da extrema-direita desde a posse de Lula, sendo alvo de diversas notícias falsas.

O convite ao MST foi mantido mesmo com a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre o movimento na Câmara dos Deputados, articulada pela oposição.

As assinaturas para criar a CPI foram coletadas após o chamado abril vermelho, período em que o movimento ampliou as ocupações de propriedades e sedes do Incra.

A CPI foi articulada por integrantes da bancada ruralista, que são antagonistas históricos do MST.

O movimento diz que só ocupou fazendas improdutivas as quais, pela legislação, podem ser desapropriadas para assentar famílias.

Padilha criticou a CPI, que, segundo o ministro, não tem "fato determinado".

O que é o Conselhão?

O grupo serve para dar sugestões ao presidente da República e é composto por representantes de vários segmentos da sociedade civil, incluindo economia, educação, inovação, saúde, entre outros.

Esses conselheiros prestam assessoria direta a Lula em todas as áreas de atuação do governo, e esta é a principal diferença para outros conselhos, focados em uma área específica.

O Conselhão foi criado por Lula em 2003 e extinto por Jair Bolsonaro.

Os conselheiros são escolhidos pelo presidente e não são remunerados pela participação.