Mesmo sob a mira de CPI, MST fará parte de novo Conselhão de Lula
O MST (Movimento dos Sem Terra) aceitou o convite feito pelo presidente Lula (PT) e estará representado na nova versão do Conselhão —grupo consultivo com expoentes da sociedade civil e do empresariado criado no primeiro governo do petista e retomado agora.
Padilha confirma participação
A participação do MST foi confirmada hoje pelo ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), em publicação no Twitter.
O movimento é um dos principais alvos da extrema-direita desde a posse de Lula, sendo alvo de diversas notícias falsas.
O convite ao MST foi mantido mesmo com a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre o movimento na Câmara dos Deputados, articulada pela oposição.
As assinaturas para criar a CPI foram coletadas após o chamado abril vermelho, período em que o movimento ampliou as ocupações de propriedades e sedes do Incra.
A CPI foi articulada por integrantes da bancada ruralista, que são antagonistas históricos do MST.
O movimento diz que só ocupou fazendas improdutivas as quais, pela legislação, podem ser desapropriadas para assentar famílias.
Padilha criticou a CPI, que, segundo o ministro, não tem "fato determinado".
O que é o Conselhão?
O grupo serve para dar sugestões ao presidente da República e é composto por representantes de vários segmentos da sociedade civil, incluindo economia, educação, inovação, saúde, entre outros.
Esses conselheiros prestam assessoria direta a Lula em todas as áreas de atuação do governo, e esta é a principal diferença para outros conselhos, focados em uma área específica.
O Conselhão foi criado por Lula em 2003 e extinto por Jair Bolsonaro.
Os conselheiros são escolhidos pelo presidente e não são remunerados pela participação.
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