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Lula confirma general que cuidou da segurança de Dilma no comando do GSI

Do UOL, em Brasília

03/05/2023 12h00Atualizada em 10/05/2023 11h21

O presidente Lula (PT) confirmou o general Marcos Antônio Amaro dos Santos no comando do GSI (Gabinete de Segurança Institucional).

O que aconteceu?

O convite foi oficializado no dia do almoço com o Alto Comando Militar, em um encontro no Palácio do Planalto em que estavam presentes José Múcio, ministro da Defesa, Lula e Amaro. O futuro ministro aceitou o posto e foi chamado para participar do almoço.

O GSI, responsável pela segurança do presidente e do Palácio do Planalto, está sob comando interino de Ricardo Cappelli há 15 dias, com a saída do general Gonçalves Dias.

Conforme o UOL revelou, o nome de Amaro foi sugerido a Lula pelo comandante do Exército, general Tomás Paiva. Amaro e o presidente tiveram, inclusive, uma conversa antes de o presidente embarcar para Portugal, quando Amaro sinalizou que aceitava o cargo.

Amaro comandou a Casa Militar (como era chamado o GSI) no governo Dilma Rousseff (PT). Antes, foi responsável pela segurança da presidente por quase cinco anos.

GSI segue militar

Uma pressão por uma desmilitarização do GSI se tornou frequente no governo após os ataques golpistas de 8 de janeiro. Insatisfeito, Lula promoveu uma "limpa" no órgão, mas segurou a liderança de Gonçalves Dias, embora escanteado, e promoveu uma apaziguamento com militares.

Após imagens mostrarem o ex-ministro no Planalto no dia 8, a situação de G.Dias — como ele é conhecido — acabou ficando insustentável e ele deixou o cargo.

A pressão para que um civil assumisse a pasta — algo inédito — aumentou dentro do governo e do PT, e Lula indicou Cappelli, que não é militar, interinamente. Após a conversa com Paiva e, agora, a indicação mostram o empenho do presidente em ainda mostrar confiança nas Forças Armadas.

Quem é o general Amaro

Amaro, 65, entrou para o Exército brasileiro em 1974 e chegou ao generalato em 2010, após comandar por três anos a Divisão de Inteligência do Centro de Inteligência do Exército.

Ele foi secretário de Segurança Presidencial por quase cinco anos, durante o governo Dilma. Após a retirada do status de ministério do GSI pela então presidente, em 2015, Amaro assumiu a Casa Militar, órgão integrado à Secretaria de Governo.

Em 2018, tornou-se secretário de Economia e Finanças do Exército e, em abril de 2020, assumiu a chefia de Estado-Maior do Exército.

Em julho de 2020, tornou-se ainda comandante militar do Sudeste. Foi para a reserva em maio de 2022.