Governo faz post sobre vacina após operação contra Bolsonaro: 'vai viajar?'
O governo fez uma publicação nas redes sociais incentivando a regularização de vacinas para quem vai viajar ao exterior. A publicação foi vista como deboche nas redes sociais após operação de busca e apreensão contra Bolsonaro por suposta fraude de dados sobre vacinação contra a covid-19.
O que aconteceu:
O governo lembrou que alguns países ainda exigem dados sobre vacinação para que brasileiros possam viajar. E pontuou sobre a importância de que todos se vacinem para a saúde pública.
O post ainda ressaltou que doses da vacina bivalente contra a covid-19 estão liberadas para todos maiores de 18 anos.
O que aconteceu:
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão hoje; há indício de adulteração nos dados de vacinação de Bolsonaro no SUS. O ex-ajudante de ordens dele, Mauro Cid, foi preso.
Segundo a PF, o certificado de vacinação de Bolsonaro, com dados de uma falsa imunização, foi emitido de um computador do Palácio do Planalto. Os registros do SUS apontam que Bolsonaro tomou duas doses da Pfizer, em agosto e outubro de 2022, mas essas vacinas não foram aplicadas.
- Leia a íntegra do ofício que explica como dados foram alterados no SUS clicando aqui.
A fraude, conforme a Polícia Federal, ocorreu em dezembro do ano passado, às vésperas da viagem do ex-presidente para os Estados Unidos. Veja a cronologia completa da fraude nos dados.
Em 22 de dezembro, um dia após o registro falso, o certificado de imunização de Bolsonaro foi emitido no ConecteSUS de um computado do Planalto. Um novo acesso, também no Planalto, foi feito no dia 27, segundo a PF.
No dia 27, após a segunda emissão de certificado, os registros das falsas doses foram apagados, mas deixaram um rastro no sistema.
Em 30 de dezembro, dia em que Bolsonaro viajou aos EUA, Mauro Cid acessou novamente o perfil do então presidente no ConecteSUS. Desta vez o login não foi feito diretamente do Planalto, e sim do celular do ex-ajudante de ordens.
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