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Prefeito de cidade que PF citou diz não ter registro de Bolsonaro vacinado

Do UOL, em São Paulo

04/05/2023 07h40

O prefeito de Cabeceiras (GO), cidade citada pela PF no esquema para adulterar o cartão de vacinação de Jair Bolsonaro, diz que o município não tem registro de nenhuma vacina aplicada no ex-presidente. A afirmação foi feita ao jornal O Globo.

O que aconteceu?

Everton Francisco de Matos (PDT) disse que o município "está isento disso" e vai investigar o caso. "Não tem registro nenhum aqui. Já consultamos nossos relatórios. O município está isento disso, agora vamos apurar a responsabilidade do médico. Vamos abrir um processo administrativo", afirmou o prefeito.

Um médico da Prefeitura teria preenchido à mão um comprovante de vacinação para Bolsonaro, segundo as apurações da PF. "Nossa equipe jurídica já está cuidando disso, pois a atitude desse profissional acaba prejudicando todos da área da saúde", acrescentou Matos.

Além do cartão de vacinação de Bolsonaro, também teriam sido adulterados os documentos da filha dele, Laura, do ex-ajudante de ordens do ex-presidente, o tenente-coronel Mauro Cid, e da esposa do próprio Cid.

O grupo, então, teria tentado registrar essa vacinação falsa em Duque de Caxias (RJ), para oficializar os cartões de vacinação. O sistema do Ministério da Saúde, porém, rejeitou a tentativa porque o lote da vacina foi enviado a Goiás, e não ao Rio de Janeiro.

PF prendeu ex-ajudante e apreendeu celular de Bolsonaro

A PF deflagrou ontem uma operação que investiga a inclusão de dados falsos sobre vacinação contra covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. A suspeita é que Bolsonaro teria sido um dos beneficiados.

O tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro, foi preso. Além dele, mais cinco pessoas foram detidas, incluindo policiais militares.

A PF investiga se cartão de Bolsonaro foi fraudado para entrar nos Estados Unidos. Por isso, houve busca e apreensão na casa do ex-presidente.