MP acusa Google de atrapalhar as investigações do caso Marielle, diz TV
O Ministério Público do Rio de Janeiro acusa a big tech de prejudicar as investigações relacionadas ao assassinato de Marielle Franco e de Anderson Gomes, em documento de 33 páginas enviado ao STF obtido pela CNN.
O que aconteceu:
No documento, o MPRJ diz que o Brasil pode se transformar em um "paraíso do crime" caso o STF não obrigue o Google a disponibilizar informações relacionadas a pesquisas sobre Marielle.
O Google entrou com recurso contra a entrega de dados de pesquisa sobre a agenda de Marielle Franco nos dias anteriores à morte da vereadora. Em 2021, a Justiça do Rio e o STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinaram que a big tech fornecesse essas informações ao órgão.
Com os dados, a Justiça do Rio de Janeiro saberia quem pesquisou detalhes sobre a agenda de Marielle e endereços onde ela estaria, o que pode ter ajudado no planejamento do assassinato.
O Google alega que já colaborou com o Ministério Público diversas vezes e que o pedido é "inespecífico". Além disso, afirma que uma decisão contrária à plataforma de buscas deixaria todos os usuários vulneráveis a vazamento de dados.
O caso foi recebido pela relatora do caso no STF, a ministra Rosa Weber, que decidirá quando o caso deve ser posto em pauta.
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