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Major que disse saber quem matou Marielle vai depor de novo, diz PF

O major reformado do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros - Reprodução/Facebook
O major reformado do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

04/05/2023 17h05Atualizada em 04/05/2023 17h18

Ailton Gonçalves Moraes Barros, preso ontem em ação que investiga falsificação de certificados de vacina, inclusive do ex-presidente Jair Bolsonaro, irá depor à Polícia Federal novamente, segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.

O que aconteceu:

O major reformado do Exército se calou em depoimento. Em troca de mensagens com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, Ailton disse que sabia quem era o mandante da morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. O crime aconteceu em março de 2018.

Um inquérito policial foi instaurado a pedido do ministro da Justiça, Flávio Dino, para apurar as informações, segundo o chefe da PF. Ainda não há data para o novo depoimento.

Certamente ele vai ser inquirido, questionado sobre isso [saber o mandante da morte de Marielle e Anderson], assim como serão feitas as análises de todo o material apreendido, celulares, mídias, acesso às nuvens, perícias e outros interrogatórios que a gente venha a fazer."
Diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues

Ainda em coletiva, Dino afirmou que a operação sobre a suposta falsificação da carteira de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ocasionar o acesso a provas de outros crimes.

"Essa alusão ao caso Marielle mostra que muito provavelmente nós teremos múltiplos objetos de investigação a partir das apreensões realizadas. Isso não só pode como deve ser feito", explicou o ministro.

Em fevereiro, o governo Lula já havia determinado à Polícia Federal que abrisse inquérito para apurar os assassinatos de Marielle e Anderson Gomes. Até então, a investigação estava restrita às autoridades do Rio de Janeiro.