Moro critica reações à cassação de Deltan: 'Coisa de gente pequena'
O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) criticou a reação de políticos e membros do governo federal à cassação do mandato de Deltan Dallagnol (Podemos-PR). Para o ex-juiz, postura é "desprezível".
O que aconteceu:
Moro disse que a atitude é "coisa de gente pequena" e questionou se este é o governo que prometeu "pacificar o país". Ontem, políticos reagiram à decisão.
Hoje, o ministro Flávio Dino (Justiça) disse que foi de autoria dele a emenda na Lei da Ficha Limpa que permitiu a cassação do mandato de Deltan Dallagnol. Depois, a conta do governo federal fez uma publicação de um PowerPoint que relembra a montagem da primeira denúncia da Operação Lava Jato contra Lula - que foi alvo de críticas e virou meme nas redes sociais à época.
O senador também destacou que Deltan tem um "histórico de combate à corrupção e desvio de dinheiro público". Os dois atuaram na Operação Lava Jato e protagonizaram denúncias contra Lula.
A eleição de Moro está sendo questionada pelo PL na Justiça Eleitoral do Paraná. O motivo, porém, é diferente da acusação sofrida por Dallagnol. O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro acusa o ex-juiz de caixa 2, além de abuso de poder econômico na campanha para o Senado.
Dallagnol diz que 'corruptos e seus amigos estão em festa'
Dallagnol disse hoje que o TSE inventou uma "inelegibilidade imaginária" para cassá-lo e que perdeu o mandato porque "combateu a corrupção".
Deltan também garantiu que "não vai desistir" e que este "é um novo começo" para sua história.
Hoje, o sistema de corrupção, os corruptos e os seus amigos estão em festa. Gilmar Mendes está em festa, Aécio Neves está em festa, Eduardo Cunha está em festa, Beto Richa está em festa. (...) É um dia de festa para os corruptos, é um dia de festa para Lula.
Deltan Dallagnol (Podemos-PR)
Para o TSE, Dallagnol fraudou a Lei da Ficha Limpa
Deltan Dallagnol escapou de eventuais punições que poderiam resultar em sua demissão, o que o tornaria inelegível, avaliou o ministro Benedito Gonçalves, relator do caso no TSE. A cassação foi decidida com base na Lei da Ficha Limpa.
O deputado saiu do MPF em novembro de 2021 com processos administrativos pendentes contra ele no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).
Em um dos recursos que resultou na cassação, também foi citado que Dallagnol foi condenado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) em um processo que avaliou o pagamento de diárias a procuradores da Lava Jato.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.