Conteúdo publicado há 10 meses

Mourão diz que visitou Cid na prisão; nome do senador não aparece em lista

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) publicou um tuíte hoje em que afirma que visitou o tenente-coronel Mauro Cid na prisão. Porém, o nome do ex-vice-presidente da República não aparece na lista de visitantes, obtida pela CPMI que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro.

O que aconteceu:

Na postagem, Mourão escreve que visitou Cid no Batalhão de Polícia do Exército, onde o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) está preso desde 3 de maio. O parlamentar também diz que "fez questão" de cumprimentar o tenente-coronel durante sessão da CPMI ontem.

"Para nós, soldados, lealdade e camaradagem são valores inegociáveis!", escreveu.

O nome do senador não aparece na lista obtida pela CPMI. Procurada pelo UOL, a assessoria de comunicação do ex-vice-presidente reforçou que ele fez a visita e disse que não comentaria o fato do nome não constar na lista.

O Exército informou, por meio de nota, que a lista de visitantes foi fornecida após determinação do STF (Supremo Tribunal Federal). Como o documento foi compartilhado sob sigilo, a instituição pediu que a Corte fosse acionada.
A assessoria de comunicação do STF também não enviou posicionamento sobre o caso, já que o documento foi entregue à CPMI sob sigilo.

Lista de visitas:

Mauro Cid recebeu 73 visitas desde que foi preso no Batalhão de Polícia do Exército, pela lista a qual o UOL teve acesso. Entre os visitantes estão aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, como o deputado federal general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, e o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten.

O tenente-coronel é acusado de fraudar cartões de vacina de Bolsonaro e de seus familiares. Ele também é investigado em mais dois inquéritos: joias sauditas e minuta golpista (incluído na investigação que apura os ataques).

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Além de Pazuello e Wajngarten, o ex-ajudante de Bolsonaro recebeu também o ex-comandante do Exército Júlio César de Arruda. Ele era o responsável por chefiar a força em 8 de janeiro, dia dos ataques golpistas.

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