Torres nega que Silvinei tenha se omitido em desbloqueios após eleição
O ex-ministro Anderson Torres negou que tenha havido falta de empenho da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e do então diretor da corporação, Silvinei Vasques, na desobstrução das estradas nos dias posteriores ao segundo turno da eleição presidencial. Ontem, Silvinei foi preso por supostamente agir para dificultar que eleitores de Lula (PT) votassem.
A ordem era desobstruir.
Anderson Torres à CPI do DF
O que aconteceu
Anderson Torres era ministro da Justiça na época dos bloqueios, portanto, chefe da PRF. Ele afirmou que a ordem dada à corporação era para liberar as rodovias.
Ele foi perguntado sobre se Silvinei Vasques desobedeceu à ordem de abrir as estradas fechadas por bolsonaristas.
Eu acho que não. Ele trabalhou, eles [agentes da PRF] trabalharam dia e noite para tentar desobstruir.
Anderson Torres, ex-ministro de Jair Bolsonaro, sobre os bloqueios em estradas
O ex-ministro de Bolsonaro disse também que a munição não letal acabou nas operações de abertura de vias, informação que não pode ser checada.
As declarações ocorreram durante depoimento na CPI dos atos antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Torres ainda reclamou dos governadores e disse que não houve apoio deles em operações para liberar as rodovias.
A prisão de Silvinei
Preso ontem pela Polícia Federal, Silvinei Vasques é suspeito de agir para dificultar que eleitores de Lula (PT) votassem no segundo turno.
De acordo com as investigações, a PRF fez blitze em rodovias parando ônibus usados por por eleitores do petista. As operações aconteceram na sequência de uma reunião entre Torres e Silvinei.
A oposição reclamou que Silvinei e Anderson Torres colocaram a tropa na rua para atrapalhar eleitores de Lula de votar e ficaram nos quartéis enquanto bolsonaristas bloqueavam as estradas.
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