Moraes: TSE teve de inovar para conter projeto de poder de extremistas
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou que a Corte Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal precisaram "inovar" para combater ataques e preservar a democracia durante as eleições de 2022.
O que disse Moraes
Sem citar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Moraes afirmou que o Brasil viveu, nas três últimas eleições, um ataque maciço de notícias mentirosas "travestidos de falsa liberdade de expressão".
Para o presidente do TSE, as agressões envolvem um projeto de poder da extrema direita, que passou a usar as redes sociais para corroer a democracia por meio de notícias fraudulentas e ataques às instituições democráticas.
Moraes citou que o primeiro passo foi a tentativa de descredibilizar a imprensa, seguido de tentativas de questionar a lisura das eleições.
"Com o falso manto de democratas, esses extremistas passaram a atacar os instrumentos da democracia, os votos. Pouco importava se esses votos eram escritos, eletrônicos ou correspondência —o que importava era desacreditar o método utilizado para concretizar a democracia", disse Moraes.
O terceiro ataque, para o ministro, foi o "confronto direto" com o Judiciário —a tentativa de jogar a população contra o órgão responsável por validar os resultados das eleições, no caso do Brasil, o próprio TSE.
Isso fez com que o Tribunal Superior Eleitoral, o Ministério Público Eleitoral e o próprio Supremo Tribunal Federal tivessem que inovar no sentido de preservar a nossa Constituição Federal, a nossa democracia, mediante uma agressão inédita pelas mídias sociais, pelas redes sociais e a própria democracia.
Alexandre de Moraes, presidente do TSE
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