Lula nega atrito com Dino e elogia ministro: 'Tem feito excelente trabalho'
O presidente Lula negou atrito com o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), pela operação da PF que mirou o esquema de joias da Arábia Saudita recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O que aconteceu
Lula disse que Dino está fazendo um "excelente trabalho". "Não estou nada irritado", escreveu o presidente nas redes sociais.
Dino publicou fotos com o presidente e afirmou não se importar com "fofocas". "Hoje, na Marcha das Margaridas, mais um momento de 'irritação'. Trabalho muito e não me importo com fofocas e futricas. Agradeço ao presidente Lula a confiança e o carinho. União e Reconstrução", postou no X, antigo Twitter.
Operação da PF foi no mesmo dia do lançamento do Novo PAC. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, isso teria desagradado Lula e fez com que o ministro fosse alvo de críticas durante a cerimônia.
A PF cumpriu mandados de buscas e apreensão na casa do pai de Mauro Cid. Também foram alvos das diligências o próprio ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e Frederick Wassef, o advogado do ex-presidente.
Atritos no governo
Dino tem poucos amigos no governo Lula. Reportagem do UOL Prime publicada em julho mostra que o ministro é um "desmancha-rodinha" na Esplanada dos Ministérios, apesar de ser considerado um dos mais populares na equipe de Lula.
O chefe da Justiça coleciona desafetos. Isso porque ele é visto como alguém que tem um excesso de visibilidade e proativismo. Um desses atritos é com o ministro da Educação, Camilo Santana.
Logo após o atentado que vitimou quatro crianças numa escola de Blumenau (SC), Santana foi encarregado por Lula de liderar um grupo de trabalho responsável por traçar uma estratégia de combate à violência nas escolas.
O atentado foi no dia 5 de abril e, antes que amanhecesse o dia 6, Dino já havia anunciado ações de governo em entrevista coletiva, reunido-se à tarde com representantes de grupos, inclusive de estudantes, e informando de madrugada em suas redes sociais a abertura de um inquérito para investigar células neonazistas.
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